Valentim Mariano Ouço a voz do meu pai me chamando. Pelo meu nome e sobrenome. Vejo um pavor no rosto da Alessia. Não consigo externar em palavras o quanto estou me sentindo culpado, o quanto estou me sentindo miserável por ter colocado ela nesta situação. Ela coloca a mão sobre a boca e usa o polegar e o indicador para fechar as suas narinas numa tentativa de conter um choro de desespero. Nunca imaginei me ver nessa situação, viver algo assim. Principalmente porque fui eu o causador de tudo isso. Então mais uma vez o Dom me chama. — Valentim saia agora! Ela olha para mim como se implorasse para que eu obedecesse ao chamado do meu pai e saísse, mas eu não posso deixá-la sozinha nesse estado. Respiro fundo e respondo. — Já estou indo Dom Ângelo. — Vejo ela dar alguns passos para

