capítulo 22 continuação

1101 Words

📕 NARRADO POR NILO TAVARES Ela falou aquilo… E eu congelei. Não porque doeu. Mas porque cortou. Covarde. A palavra veio seca, doída, com gosto de sangue velho na garganta dela. E eu engoli aquilo como se fosse bala. — “Tu me chama de covarde…” — murmurei, rosnando baixo, os olhos afundando nos dela — “mas tá tremendo inteira só de eu respirar perto.” Puxei o cabelo dela mais firme, só pra sentir o pescoço tensionar. Só pra lembrar quem era o predador naquela quarto. Ela soltou um gemido abafado, entre dor e raiva. Mas não gemeu de medo. Ela gemeu de desafio. Maldita. — “Tá achando que isso aqui é brincadeira de boneca rebelde?” — cuspi as palavras no rosto dela, quente, duro, de perto. — “Cê caiu na toca do lobo, pirralha. E lobo não cuida, devora.” Ela arregalou os olhos, m

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