capítulo 67

1509 Words

AMARA Fiquei olhando a cidade lá embaixo. Tão longe. Tão pequena. Tão... indiferente. E foi ali, com o vento batendo no rosto, o corpo ainda trêmulo da conversa, que me deu uma vontade louca — uma urgência que subiu do peito como grito engasgado por anos. Abri os braços. Assim, do nada. Como quem diz pro mundo: "Pode vir. Eu aguento." Fechei os olhos. Deixei o vento entrar. Na pele. No cabelo. Na alma. Respirei fundo. Tão fundo que doeu no pulmão. Mas era uma dor boa. Uma dor de quem tá viva. De verdade. Não escondida. Não encurralada. Não vigiada. Pela primeira vez… eu me senti livre. Não por estar sozinha. Mas por estar sendo. Sendo inteira. Sendo eu. Sem pedir desculpa. Sem precisar permissão. ** Senti quando ele se aproximou. Devagar. Sem pressa. Sem quere

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