capítulo 68

1309 Words

📍 NILO A moto desceu o morro no embalo do silêncio dela. O vento batia no rosto, mas o calor vinha das mãos dela na minha cintura. Mãos pequenas, quentes, vivas. Mãos que agora sabiam onde tocar. E sabiam, p***a. Sabiam tão bem que parecia que tinham estudado meu corpo a vida inteira. O motor rugia entre a gente, mas minha cabeça só repetia o gosto da boca dela, o peso do corpo, a respiração falha no meu ouvido. E eu? Eu pilotava como se fugisse de mim mesmo. Como se qualquer curva mais lenta me fizesse parar a moto ali mesmo, deitar ela no chão e deitar junto com a Amara. No chão, no mundo, na vida. Ela tava diferente agora. Tinha um fogo novo no olhar. Um riso nos cantos da boca. Um segredo pulsando na pele. E eu sabia… Sabia que não era só a vista da cidade que ela tinha

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