capítulo 18

1067 Words

📕 NARRADO POR NILO TAVARES Terk deu um leve sorriso. Um corte de lábio. Quase nada. Mas quem conhece sabe. Aquilo ali era aviso. Era sentença selada em sangue velho. Ele se afastou dois passos. Depois três. Foi até o trono. Sentou de novo. Sem estalar os dedos. Sem ordem direta. Só presença. Só comando que transborda da pele. Apoiou o cotovelo no braço da cadeira, puxou um charuto do bolso interno do paletó e acendeu. Com calma. Com método. Como quem acende o pavio do mundo. — “Um mês.” — ele disse, soprando a fumaça pro teto. — “Trinta dias pra fazer essa menina esquecer quem é. De onde veio. Por que respira.” Girou o anel de caveira no dedo mindinho. — “Quero ela sem alma. Sem olho. Sem verbo. Só casca.” Outro trago. — “E depois… tu dá fim.” A frase caiu que nem bomb

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