Dona

770 Words

Quintina estava sentada sob a sombra de uma árvore, os pés descalços na grama. Mia dormia tranquila sobre um tapete estendido ali, o rosto relaxado, os dedos ainda fechados como se segurassem um brinquedo imaginário. Enquanto a filha descansava, Quintina fazia crochê. Era outra paixão antiga da infância, que ela tinha deixado de lado por falta de tempo e de paz. Agora, com um pouco mais de calma, voltava a sentir a linha deslizar pelos dedos. Fazia um chale para Dandara, a sogra que a havia acolhido com tanto carinho. Cada ponto era na verdade um agradecimento silencioso. Uma das funcionárias se aproximou devagar, interrompendo o momento: — Senhora, queremos saber como a senhora quer a pintura da fachada principal. A fachada é pintada uma vez no ano. Quintina ergueu os olhos do crochê.

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