A moto sobe o morro igual uma flecha. Eu me agarro nele com força, porque qualquer vacilo é chão. O vento bate no rosto, o cabelo bagunça tudo e meu coração acelera junto com o motor da moto. Chegamos rapidinho na casa do Roxo. Farinha estaciona e me ajuda a descer. Seguro no braço dele pra firmar meu corpo trêmulo. Assim que a gente entra no quintal, meus olhos batem na morena linda perto da piscina. Minha irmã. Lise tá de costas, toda à vontade, com uma latinha na mão e conversando. Assim que ela se vira e me vê, sua expressão muda imediatamente. Seus olhos arregalam e ela abre um sorriso. Lise: CECÍLIA?! — ela praticamente grita, correndo até mim. Eu só fico travada, sem reação. Quando chega perto, o olhar dela vai direto pro roxo na minha perna. Lise: Que foi isso?! — a voz dela

