CECÍLIA STEIN Lise: Vem, Cecília! A voz da minha irmã chega arrastada, meio longe, enquanto eu ainda tô tentando acordar com o celular grudado na cara. Abro os olhos com o maior desgosto, sentindo a claridade entrando como um tapa na minha cara. Nove da manhã de sábadão. E essa otária me ligando pra me acordar. Ceci: Caramba, Anelise. Nove da manhã, garota. — falo com a voz toda embargada, esfregando os olhos. A janela tá escancarada, o sol tá rachando, e o céu do Rio de Janeiro tá tão azul que dá até raiva. Um solsão digno de peixe frito, cervejinha e pé na areia. Ceci: Já viu esse sol, Anelise? Sabe o que combina com ele? Praia. Um bronze. Gente bonita. E o que tu quer o quê? Enfiar meu sábado num churrasco dentro da casa do Roxo. Lise: Ai, nossa, tu também não faz p***a nenhuma c

