Ela se ajeita no banco, ajusta os espelhos, e mete a mão na chave ligando o carro. Assumindo o volante toda cheia de si. Fico de copiloto, braço direito na janela do carro, corpo meio largado no banco. Só observando a paisagem do morrão e com a mente afiada em cada movimento dela. É engraçado ver seu esforço pra parecer tranquila, enquanto seus dedos tremem de levinho no volante. Só percebe quem tem o olho treinado como o meu. Dei a direção com a mão, sem falar muito. O carro deslizava pela rua, mas minha atenção era nela. Farinha: Vira ali, pra lá não vai ter onde tu deixar o carro. — murmuro sem tirar os olhos do vidro. Ela assenti com a cabeça e vai seguindo por onde falei. O vento bate no meu rosto e o cheiro dela perfume se mistura com o resto do calor do carro. E eu tava gostan

