FABRÍCIO
Assim que a Franciele desaparece com a Rayssa, eu subo na moto e parto direto pra casa da minha coroa.
Chego sem fazer alarde, enfio a chave no portão, empurro devagar e vou entrando no modo sombra. Me jogo naquele quartinho de tralha que agora virou depósito, mas tem uma cama de solteiro, então pra mim tá suave.
Deito ali, olho pro teto e essa p***a começa a rodar na minha cabeça de novo. Tinha mais de cem mil naquela casa... e a maldita da Rayssa queimou tudo. Tudo. Sem contar as únicas fotos que eu tinha com meu pai.
Passo a mão no rosto bufando, sento incomodado, os ombros pesados, o sangue quente. Me levanto e vou até o banheiro. Quem sabe uma ducha ajuda a esfriar o incêndio que tá queimando aqui dentro.
Abro o chuveiro e deixo a água despencar com força nas costas. Fi
