- Ei! Calma aí, você tem que se acalmar. _ Fala Marta, a melhor amiga de Amanda, irreal, que secretamente é apaixonada pela morena.
Amanda e Marta se conheceram quando entraram para a faculdade, há um ano, ambas perderam os pais cedo e resolveram se ajudar, moram juntas em um apartamento herdado por Amanda.
Marta é loira, de 1,70 metros de altura, cabelo cacheado, pele branca como a neve. Amanda Mendes Gonzalez também tem a pele clara, mas seu cabelo é escuro, liso, quando soltos formavam uma adequação perfeita a seu rosto, tem um corpo que deixa qualquer um admirado, com uma b***a avantajada, s***s fartos, uma cintura fina, 1,68 metros de altura.
Seus pais faleceram quando ela tinha dezesseis anos, até então não sentia ou ouvia sua alma gêmea, um ano depois de viver com uma tia, começou a sentir sua marca, mas preferia que não acontecesse, entendeu que sua alma gêmea era mais nova por conta do tempo para ouvi-la, só não sabia que seria tão desagradável.
Sua mãe era a prefeita da cidade de onde viviam e seu pai era médico, na verdade o dono do hospital em que trabalhava. Com isso ela herdou um bom dinheiro, imóveis e o hospital, do qual seu primo, filho da sua tia Glória Gonzalez, com quem morava, toma conta enquanto ela termina a faculdade de administração.
Sua melhor amiga e companheira para tudo é uma irreal, mas isso não muda nada para Amanda, ela a ama de qualquer forma, mas não sabe que Marta quer que ela a ame de outra forma.
Marta faz medicina, Amanda já disse que ela tem um lugar garantido em seu hospital, o que a deixa feliz, não pretende sair tão cedo de perto da morena. Amanda é tradicional aos costumes, acredita fielmente na marca, sabe e sente que ama Julia, na verdade ela sempre soube que gostava de garotas, mesmo sem a marca, iria gostar de garotas. Isso se sua marca não fosse masculina.
- Por favor, Amanda, respira. _ Diz Marta ao segurar o cabelo da outra enquanto ela está curvada no vaso sanitário do banheiro de seu quarto, vomitando todo o café da manhã.
Marta sempre cuida de Amanda quando ela tem essas crises causadas sempre por Julia. Quando a morena escuta e sente os sentimentos da sua marca, seu coração parece querer sair do seu peito. Então vem a febre, o m*l-estar, a crise de vômitos, que são frequentes, se sentia péssima.
Logo que Amanda começou a escutar Julia queria ir atrás dela, mas quando começou a sentir suas emoções desistiu, não aguentaria ser rejeitada por seu amor, não daquela forma, não por ela. Decidiu ficar como estava, sofrendo sempre que Julia tem os pensamentos de que nunca iria amá-la, pelo menos é isso que a loira pensa.
- Amanda, você tem que acabar com isso, é tão simples, você pode acabar com isso. _ Diz Marta, já deitada na cama com a amiga repousando a cabeça em seu peito, fazendo um cafuné em seu cabelo.
- Eu não consigo, Mar, eu a amo tanto, eu só não consigo.
- Eu sei, pequena, mas você não pode ficar assim para sempre, e tem mais, mesmo que ela diga que não te ame, vocês só saberão disso quando se encontrarem, você só tem que fazer essa dor passar, Amanda.
- Como ela pode não acreditar no nosso amor, Mar? Como ela pode ser tão fria?
- Não sei. _ A loira suspira. – Eu não sei.
Marta está se controlando ao máximo para não desmoronar diante de Amanda, tem que ser forte por sua amiga, tem que provar para a morena que não é apenas Julia que é perfeita para ela, o mais difícil é que lá no fundo concorda com Julia, por conta dessa marca i****a não pode ter Amanda para si.
- Amanda... _ Marta a chama com cuidado.
Já era noite quando a loira despertou, mas Amanda já não está em seus braços, procurou pelo cômodo com o olhar e a encontrou olhando através da janela do apartamento, que dava uma visão periférica da sua pequena cidade, mas tranquila, tudo que Amanda gosta. A loira se levanta e vai com cuidado onde a morena para não a assustar.
- Eu vou acabar com isso. _ Diz Amanda firmemente, já sentindo a proximidade de Marta.
- O que?
- Eu vou atrás dela, tocá-la e acabar com isso, é simples, você mesma disse, basta eu tocá-la, paro de escutá-la e senti-la, pronto, tudo acaba, sigo minha vida e esqueço-a para sempre, irei fazer isso, por mim, por ela e por você. _ Amanda diz, virando-se para Marta.
- Por mim? _ Marta pergunta, tentando manter a calma e não deixar o sorriso entregar a sua felicidade e expectativa.
- Claro, Mar, você não é minha babá, você é minha melhor amiga, eu te amo e não devo te trazer tais problemas, eu não aguento mais isso, se ela diz não me amar, não tem porque eu ficar sofrendo, eu vou seguir a minha vida, não sei se com outra pessoa, mas irei cuidar do hospital do meu pai, me dedicarei à faculdade, eu só... Seguirei. _ Marta nada diz, apenas se aproxima e a abraça, sabe que aquelas palavras são difíceis para Amanda. – Obrigada por tudo, eu te amo, Mar.
- Eu também te amo, pequena. _ Fala Marta, não sabendo Amanda que aquelas palavras são as mais verdadeiras que ela poderia ouvir.