Foram dois dias em que Noah caçou cada homem e mulher que esteve, ao menos pelo que ele acreditava, envolvido na morte de Dayse. Ele voltava para o hotel, cada vez menos parecido com o homem que Anne conhecia. Chegava com roupas diferentes, cheiro de álcool que ele usava para desinfetar o próprio corpo, olhos fundos, silencioso, mas sempre procurava pelo abraço dela. Quase como se aquele gesto recarregasse sua bateria. Estavam assim, abraçados. Com Anne tão presa a ele que as costelas chegavam a doer. Noah estava com o rosto afundado nos cabelos dela, não dormia, ela sabia que não, chegava quase na hora do almoço, deitava quieto com ela e se levantava antes de anoitecer. Resolveu falar, precisava. Apesar do pai sempre dizer que o melhor apoio para um soldado era o abraço. Ann

