Capítulo III

1446 Words
Harry terminou seu almoço e olhou para o prato vazio. Ele já estava lá há mais de um dia e o Serviço Social havia saído pouco antes de ele almoçar. Eles ainda estavam tentando descobrir de onde ele tinha vindo. Harry não disse nada, ele ainda estava com medo de sequer pensar em voltar para a casa de sua tia e tios. Ele não tinha dúvidas de que seria punido m*l pelo que acontecera, embora não pudesse controlar. Harry colocou a bandeja de lado e olhou ao redor da sala em que estava. Ele ainda estava surpreso por estar lá, especialmente depois que a polícia terminou sua conversa com ele. Ele pensou que estaria em uma enfermaria quando tudo acabasse, mas isso não aconteceu. Harry estava começando a ficar um pouco entediado, não havia nada para ele fazer, ele não gostava de assistir TV como um monte de adolescentes, ele preferia ler. Harry franziu a testa ao ouvir algumas vozes no corredor, não era sempre que ele ouvia alguém, principalmente ele apenas ouvia passos indo e vindo do lado de fora de sua porta. Harry cuidadosamente saiu da cama e se aproximou, feliz por não estar mais conectado a uma intravenosa. Ele lentamente abriu a porta e olhou para fora. Ele podia ver uma jovem conversando com um homem. O homem se virou um pouco e Harry congelou. Harry se afastou da porta e fechou-a suavemente como pôde e então olhou ao redor freneticamente. Ele precisava se esconder, ele precisava ser invisível. Ele gostaria de ter sua capa, mas não tinha ideia de como abrir o baú que estava em seu bolso. Sua varinha estava guardada com segurança junto com suas roupas na mesinha de cabeceira. Ele se aproximou e se transformou neles. Ele arrumou a cama para parecer que estava dormindo. Ele não teria escolha a não ser fugir, e precisava atrasar o homem o máximo que pudesse para ter uma vantagem. A porta do quarto se abriu e o homem entrou. Harry observou e esperou pela melhor hora e assim que o homem estava perto da cama. Harry fez seu movimento, ele escorregou da mesa e saiu pela porta ainda aberta e começou a correr para fora da sala. Ele subiu escadas e corredores. Não se importando para onde ele foi, contanto que ele pudesse se esconder e ficar longe do homem que estava atrás dele. Harry não conseguiu ir mais longe depois de um tempo, seu corpo protestando a cada movimento. Ele entrou em uma das salas, parecendo uma sala de aula. Ele escolheu uma das carteiras na parte de trás, se abaixou e se acomodou, puxando os banquinhos à sua frente para permanecer escondido. Uma hora depois, a porta do quarto se abriu e alguém entrou. Harry congelou mais uma vez e se moveu um pouco, batendo em um dos banquinhos. "Olá", veio uma voz amigável ao gritar. Passos se aproximaram de onde Harry estava se escondendo e um rosto amigável apareceu, "O que você está fazendo aqui?" ele disse balançando a cabeça, tirando os banquinhos do caminho e dando uma olhada no adolescente: "Acho que você precisa voltar para o seu quarto, você não parece bem. Vou chamar alguém para vir e pegar você, diga-me apenas o seu nome. " "Não, por favor, não, eu não posso. Se eu for lá, ele vai me encontrar, vai me matar, eu sei que vai. Ele fez isso com os outros também", disse Harry enquanto balançava a cabeça, implorando ao homem para não chamar ninguém para vir buscá-lo. "Está tudo bem, ninguém vai te pegar", disse ele, "Eu sou Mike, e você é?" ele perguntou. "Eu sou Harry, mas por favor, não", disse ele ao começar a explicar o que havia acontecido, passando pelo que vira no beco, até o fato de ter visto o homem no hospital e de estar olhando para ele, "Eu preciso encontrá-los, para dizer a eles que eu o vi novamente," ele terminou suavemente. "Com quem você quer falar?" Mike perguntou, imaginando se havia alguém com quem ele poderia entrar em contato para vir ver a criança e ajudá-lo. "Sherlock e John, eu conversei com eles, e eles vieram comigo aqui. Então falei com o detetive, Lestrade, eu acho?" ele disse enquanto tentava se lembrar se acertou o nome. Mike acenou com a cabeça, "tudo bem então, vou tratar de tentar entrar em contato com eles, já que sei quem eles são", disse ele com um sorriso no rosto, "agora por que você não vem e se senta por um tempo." Harry foi com ele até sua mesa e se sentou. Ele estava prestes a dizer algo quando ouviu um barulho do lado de fora da sala. A porta para a próxima sala se abriu e eles puderam ouvir alguém saindo. Os instintos de Harry lhe disseram que era o homem, e ele aprendeu a confiar neles ao longo dos anos. Ele procurou por um lugar para se esconder. Mike se moveu e deixou que ele se escondesse embaixo da mesa, já que havia uma parte traseira para que ninguém pudesse olhar e atingia o chão de forma que não haveria como saber se alguém estava lá embaixo. Mike sentou-se novamente, tirou parte de seu trabalho e começou, certificando-se de que parecia que já estava ali há algum tempo. A porta para a próxima sala abriu e fechou e então a dele se abriu. Um homem alto entrou e sorriu para Mike. "Oi, você viu uma criança, cabelo preto, um tanto bagunçado", disse ele ao se lembrar da foto que a enfermeira lhe mostrou, "Meu irmão mais novo saiu correndo de seu quarto novamente, se perguntando se ele veio se esconder aqui? " "Sinto muito, mas não o fiz. Estive aqui a maior parte do dia e a porta estava trancada antes de eu chegar", disse ele com um pequeno sorriso. "Vou dar uma olhada, se você não se importar", o homem acenou com a cabeça e rapidamente olhou ao redor da sala e depois saiu com um, "obrigado por me deixar olhar", jogado por cima do ombro. Mike esperou até que ele não pudesse ouvir o homem antes de se mover e deixar Harry sair. Ele pegou o telefone e tentou ligar para Sherlock e depois para John, mas não obteve resposta. Ele suspirou e ligou para Lestrade, dizendo que ele deveria ir para a sala de aula. Passaram-se vinte minutos antes que Lestrade entrasse pelas portas e soubesse o que havia acontecido. Mike checou Harry mais uma vez, dizendo que ele estava bem para ir, apenas para se certificar de alimentá-lo. Lestrade tirou Harry do hospital, sem deixá-lo exposto, já que ele não queria deixar um rastro que alguém pudesse rastrear. Ele não tinha ideia do que fazer, Harry era uma testemunha, e parecia que o assassino sabia sobre ele graças a alguém que vazou que havia um nos jornais naquela manhã. Lestrade chegou à New Scotland Yard e levou Harry até seu escritório. "Não tenho ideia do que devo fazer, os serviços sociais precisam ser informados", disse ele ao adolescente enquanto se sentava à sua mesa. "Não, estou bem para dormir aqui, por favor", disse ele com uma expressão séria no rosto. Lestrade suspirou, "tudo bem, vou pedir algo para comermos, já que tenho algumas coisas para terminar antes de ir para casa. Tenho um sofá que você pode usar, suponho, pelo menos durante a noite." Harry sorriu para ele e acenou com a cabeça, "obrigado senhor," ele disse a ele, grato por estar um pouco seguro naquela noite. Lestrade sorriu de volta para ele e pediu algo para comer, e ele foi buscar, deixando Harry no escritório. Eles comeram e Harry se acomodou no sofá, ele caiu em um sono inquieto. Lestrade sentou-se à sua mesa, observando-o enquanto ele próprio começava a fazer uma pequena papelada. Havia muito disso, e um pouco para o caso em que Harry estava envolvido. Ele precisaria ver se conseguia a filmagem da CCTV do hospital e ver se eles poderiam encontrar o assassino nela, fazer uma imagem circular por lá e esperar que alguém fosse capaz de reconhecê-lo. Bocejava enquanto trabalhava, estava indo bem e prometia a si mesmo que, se terminasse seu próximo relatório, se recompensaria com uma xícara de café quente e alguns biscoitos. Ele não percebeu que seu corpo estava desacelerando lentamente. Seus olhos se fecharam e sua cabeça caiu contra a mesa enquanto ele dormia lá mais uma vez. Os dois eram ignorantes para o mundo ao seu redor enquanto dormiam. ◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇◆◇
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