- Você é jovem para estar fazendo isso - ele diz sobre o fato de eu ter que trabalhar tanto.
- Acho que sou, sim.
Eu teria gostado de ter uma vida fácil, ser alguém da alta sociedade. Mas eu nem sei o que é isso. Ele me deu um sorriso, que me fez corar.
- Moda então? - pergunto referindo-se a sua empresa. - Você deve conhecer os melhores estilistas do mundo.
- Conheço. Nós investimos muito nas tendências.
- Você deve conhecer várias modelos famosas - digo admirada.
- Na verdade a maioria já não me satisfazem. Já peguei a maior parte - foi como se alguém tinha me dado um soco no estômago.
Eu não podia cobrar nada dele, ele enfatizou a palavra peguei, mas nada era surpresa para mim. Recomponha-se disse a mim mesma, para que não me visse no meu momento ciúme.
- Isso é constrangedor -
- O que?
- Você tem tudo na sua mão, deve ser fácil isso para você.
- Esse é o motivo de merda de eu não ter achado ninguém que me quisesse de verdade.
- Entendo.
Dormi até a tarde na manhã seguinte, estava tão esgotada na noite passada que deixei eles conversando e fui dormir. Chequei o relógio e estava na hora de levantar, tomei cuidado para não acordar Matt. Fiz silêncio na cozinha, passei café e gritei uns ovos. Enquanto eu devorada meu café Savannah surgiu no corredor com seus olhos sujos.
- Bom dia meu amor - digo abrindo meus braços, para receber-la.
- Bom dia - falou, olhando para os ovos na mesa.
- Está tudo bem?
- Está Emma, mas eu queria poder acordar todos os dias e ver você sorrindo - sua voz está baixa, ela senta no meu colo.
- Mas você tem ..! - óbvio que tem, eu apenas estou trabalhando para ela poder ter seu tratamento.
- Eu tenho medo do apagão .. - ela começa chorar.
- Apagão? - pergunto desentendida.
- Eu .. não .. quero morrer!
O que? Morrer.
- Não, você não vai morrer! - digo parecendo ser forte.
- Espero que sim, não quero ficar sozinha no escuro.
Eu estava terrivelmente abalada, controlei a respiração para não parecer desesperada. Ergui o queixo e encarei Savannah que secava seus pequenos olhos ..
- Você é forte, sempre me surpreendeu eu pensava que você não iria aguentar não ter a presença do nosso pai, mas você aguentou. Pensei que o câncer iria deixar passar fraco, só que é o mais forte que eu.
- Obrigada, Emma - ela sorri. - Eu te amo.
- Você é minha vida - completo.
Eu estava sentada com uma dor nas costas, resolvi fazer uma faxina para minha mãe. Matt ficava olhando enquanto eu corria de um lado para o outro.
- Pode colocar um pouco de amaciante, na máquina de lavar? - pergunto e logo Matt já estava indo.
- Eu estava pensando em comprar um cachorrinho para Savannah, o que você acha?
- Minha irmã vai adorar! - digo enquanto massageava meu próprio pescoço.
- Vou fazer uma ligação e já resolvo isso!
- Simples, só isso? Uma ligação e deu? - começo a rir.
Ele vai para fora de casa, enquanto isso vou tomar um banho, molho meus cabelos e logo ensaboou meu corpo. Um barulho estrondo fez com que eu me contorcesse. Ninguém merece, faltou energia. Por sorte ainda está claro e consigo enxergar as coisas. Lavo meu cabelo, logo me enrolo na toalha.
- Acredita que faltou energia - reclamo para Matt, que está vidrado no celular.
- Não tem gerador? - ele pensa o que, isso é casa de rico?
- Não, quando elas chegarem abre uma porta. Vou-me vestir - então seus olhos estudaram meu corpo e escuto ele engolir a saliva.
- T-ta-ta-ta bom - ele disfarça.
Depois de colocar meu pijama, vou para a cozinha, Matt estava olhando dentro da geladeira, espiei enquanto ele pegava alguns petiscos e comia.
Ele estava com uma bermuda azul marinho, sua camisa polo branca destacava seus braços esculturalmente moldados.
- Se ficar olhando assim vou pensar que está apaixonado - ele fala sem mim olhar, sinto minhas bochechas queimarem de vergonha.
- Por você? Claro que não - a voz falha, enquanto um sorriso brota nos seus lábios.
- Acho que você está apaixonada demais, mas admito que também estou ..
Não consigo acreditar, será que era verdade, casualmente era estranho mas seria algo bom? Estou chocada, era sentimentos disparados, qual eu nunca havia sentido.
- Vo-você está? - pergunto parecendo um pouco desesperada.
- Claro, é meio impossível não estar apaixonado por mim mesmo.
- Eu penso que ...
- Que era por você? Óbvio que não garota - sarcástico e zombador ele me humilha novamente.
- Você é estranho, não creio que estás dizendo isso. Você não pode fazer isso comigo - grito para ele.
Não era fácil acreditar, mas ele havia voltado ao normal, o jeito rude e humilhador.
- O que eu posso dizer, puxei meu pai - ele parece nem ter ouvido o que eu disse, mas isso não ficaria assim á não!
- Vou pegar suas coisas e você irá dormir na sala! - ele me olha, como se eu dizendo besteira, mas eu não iria dar o braço á torcer.
- Quer brincar com fogo, então cuidado para não se queimar - aviso-lhe, eu não gosto de grosseria.
- Eu não gosto de dormir sozinho - seus olhos ficam lacrimejados, enquanto eu fico fazendo carão de brava.
- Não me importa isso - rebato.
- Mas você é paga para isso .. não me deixar sozinho - ele sussurra, parecendo estar com medo. - Você não tem noção o que acontece quando estou sozinho.
Setembro de 2015
Matthew
Eu estava terrivelmente amedrontado, cada centímetro estava consertada a casa estava vazia. Sem ninguém que realmente me pudesse ajudar, eu estava me escondendo de cômodo em cômodo. Toda vez que aquela voz voltava á me assombrar.
'Você me matou'
O éco mensagem por aquela voz era de arrepiar cada pelo corpo, eu nunca havia me sentido assim. O medo que me consumia era de que acontecesse algo sobrenatural.
'Matt ...' o tom de voz estava ficando mais alto, corri para o quarto dos meus pais. Estava escuro, fui embaixo das cobertas, eu me sentia protegido como se ambos estivessem ali comigo.
'A culpa é sua.'
Como se alguém adicionar comigo, eu cosmi a chorar enquanto só precisa de alguém ali para me proteger.
Tempos Atuais
Emmanuela Tunner
- Dessa vez você pode, mas quero deixar bem claro que eu não suporto grosseria - ele sorri aliviado enquanto minha mãe entra pela porta.
Ela ri. - Eu hein .. quem se briga se ama .. já diziam meus pais.
- Eu suporto mamãe, apenas suporto - digo sorrindo para Savannah que estava exibindo um livro do patinho feio.
- Eu ganhei do pessoal do hospital - ela direciona para o mesmo.
- E o que fala a história? -Matt perguntou enquanto mamãe foi estender a roupa.
- Fala sobre ...
- QUEM COLOCOU ALVEJANTE NAS ROUPAS COLORIDAS? - levamos um susto com o berro da minha mãe, olhei para Matt que pela primeira vez estava com vergonha.
- Me desculpe Dona Frida - ele disse andando até ela com a mão na cabeça.
- Seu namorado é desastrado - Savannah ri.
- Ele não é meu namorado!
- Não foi isso que ele me disse, ele me conta tudo - ela diz baixinho para que eles não ouvem.
- Então o que ele lhe disse?
- Disse que você protege ele. Que vocês vão casar e eu serei a daminha.
- O que? - Acho que nunca fiz uma cara de desentendida como agora, ele estava mentindo para ela? O que ele tinha na cabeça? Casar eu ele? Isso não é o tipo de coisa para se falar uma garotinha.
- Não tenho mais roupa para ir trabalhar agora - minha mãe reclama, entrando na cozinha.
- Para que trabalhar mamãe! Sempre te disse que eu iria ajudar, estou ajudando.
- Você com suas bobagens, você fala porcaria as vezes minha filha - ela ri.
- Que isso mamãe ?! - Savannah reclama, fazendo nós todos rir.
- Então quem quer pizza? - Matt fala.
- Euuuuuu - gritamos juntos.
Savannah havia comido três fatias de pizzas, enquanto estava na segunda.
- Você sabe que vai ficar uma bolotinha, não sabe? - Matt brinca.
- Se você quer se casar com a minha irmã não desviar isso - Sah mostra a língua, enquanto troco olhar com minha mãe, que mantém a classe e se lambuça com o molho.
- Então Matt, Emma me disse que você tinha uma empresa .. - mamãe me salva, trocando de assunto.
- Ainda tenho na verdade, mas não me sinto apto para voltar a liderar - ele diz mantendo o mistério no ar.
- Qual ramo? - mamãe fica interessada.
- Moda, na verdade eu dito tendências masculinas, mas também tenho uma linha de hotéis - com calma ele vai tirando as dúvidas da minha mãe.
- Vamos escovar os dentes? - Convido Savannah, antes que ela disfarça-se e fosse dormir.
Ela anda até o banheiro, com sua pantufa do Pikachu que havia ganhado de Matt. Pega sua escova de dentes do Barney e usa sua massa de morango. A inocência era visível a qualquer momento, eu não queria deixar nada acontecer com ela.
- Tá brilhando olha - ela diz sorrindo para que eu olhasse todos.
- Perfeito agora só ta faltando uma coisa - digo bem baixinho, enquanto ela se ajeita na cama da mamãe.
Fechamos os olhos e rezamos.— Menino Jesus, que vem para mim, faça uma boa criança de mim. Meu coração é pequeninho e cabe somente Jesus menino para sempre amém. "Dou um beijo no alto da sua testa e saiu em direção da cozinha.
- Então vocês são gêmeos? -Mamãe falava.
- Mãe! Não acredito que você não parou de tagarelar. Ainda! -Digo fazendo Matt rir.
- Tudo bem, tudo bem já estou indo dormir - Levanta a mão em sinal de rendição enquanto caminho para o quarto.
Deito na minha cama á espera de Matt, não na minha cama no chão mesmo. Mas no fim acabei dormindo, no meio da noite escuto Matt chorar, começo a sacudir ele para que acorde.
- Matt, Matt - tento sacudir com mais força. - Acorda.
Ele abre os olhos assustados e me abraça, estava soado e muito nervoso. Como se ganhe tendo um pesadelo, eu acendo a luz do quarto e fecho a porta, para não incomodar elas que dormiam no outro quarto.
- Eu estava tendo um sonho r**m - explica, enquanto senta encostado na parede.
- Você está bem agora? - pergunto preocupado, seus olhos estavam tão doces que era impossível não admirar e o cabelo todo bagunçado era mais um ponto para o seu charme.
- Eu não sei .. - sua respiração está descontrolada e eu acabo me sentindo atraída por isso.
Sento na sua frente e ele me abraça, estava com medo de que?
- Que bom que você está aqui - sua voz falha enquanto ele afaga meus cabelos.
O momento estava agradável, ele estava com as pernas esticadas enquanto eu sentava do seu lado. Abraçando de um jeito desconfortável mas mesmo assim bom. Seu cheiro de menta ainda estava grudado ao seu corpo, fazendo ser convidativo. Levanto meu rosto e seus olhos sabem os meus, minha mão automaticamente foram para seu pescoço puxando-o para mim. Fechei os olhos, por instantes senti meu corpo ir ao céu e voltar, nossos lábios se habituados e posso jurar que ele estava ansiando por isso mais que eu.
Nunca incorporado me beijado, igual á Matt. Suas mãos percorriam meus braços, como se tivesse se controlando para não fazer algo mais. Minha respiração estava ofegante, meu cabelo estava mais bagunçado do que o dele, pois de vez em quando ele puxava meu cabelo para beijar meu pescoço. E a sensação transbordava pro meu corpo, eu estava entregue a um amor impossível. Minha respiração já estava abafada e lembrei aonde descanso.
- Matt acho melhor pararmos - digo pensando em mamãe e Savannah no outro quarto.
- Eu não acho - ele diz pausadamente entre os beijos, em um movimento rápido ele me ergue para seu colo, ficando embaixo de minhas pernas.
- Mateus - tenha piedade de mim, pense.
- Eu não vou fazer nada, apenas fica quieta - ele manda, enquanto obedeço.
Meus hormônios explodindo, seu toque, seu beijo, seu olhar tudo dificultava. Cada toque que ele dava em meu corpo, me deixava arrepiada, como se meu corpo ansiasse por isso. Ele me deita para trás em cima de mim, eu estava com meus joelhos levantados e suas coxas em baixo. Eu sinto o volume em suas calças, causando tremedeiras e minha perna. Suas mãos abaixaram á alça da minha regata, causando formigamento.
Ele voltou a me beijar, fazendo-me ficar em chamas. Seus olhos estavam fechados mas quando ele parava para mim olhar era como se estivesse me comendo no olhar. Era muito excitante. Sua respiração estava descontrolada, enquanto eu quase desmaiava. Começou a se balançar para frente e para trás, devagar por cima das roupas. Seu movimento ritmado levava à loucura, suas mãos percorriam à lateral do meu corpo como se estivesse me respeitando.
- Você é tão minha, quanto imagina - Matt sussurra ao meu ouvido, eu não consigo me controlar e acabo agarrando seus cabelos e prendendo minhas pernas em volta da cintura. Matt estava se controlando o máximo possível.
- Não devemos isso na casa da sua mãe! - ele para, brevemente para falar .. Foi o que eu havia dito antes.
Ele acaba parando seu movimento e deitando do meu lado, beija minha boca e me abraça prendendo-me ao seu corpo. Ao amanhecer eu não queria sair de seu abraço, sua respiração estava calma. Começo a fazer carinho em seu cabelo ..
Eu realmente não o entendia na maior parte do tempo, tão doce mas ao mesmo tempo amargo. Palavras Suas eram das mais cruél á mais agradável. Não entendi o modo em que ele se comportava, com se tivesse com medo de algo. Fugia sempre de assuntos importantes, mas quando ele queria saber das coisas ele tinha que saber. Era muito mandão e brincalhão. Como sua irmã a deixou? O que deve ter acontecido?
- Acho que vou querer acordar com você assim, todos os dias - ele disse sorrindo.
- Bom dia para você também - beijo seus lábios.
Depois de tomar café, mamãe havia saído para comprar algumas roupas enquanto estava sentados jogando 'quebra cabeça'. Savannah estava quase terminando o dela enquanto eu nem havia achado a terceira peça ainda.
- Eu já volto - Matt disse saindo, logo Savannah terminou de montar.
- Sasaah - Matthew chama ela.
- ooooooooooooooooooi - ela grita.
- Olha só o que eu trouxe para você !! -Matt solta um cachorrinho no chão que corre até Savannah que abre um sorriso enorme.
- Um cachorrinho ..... Obrigada ... obrigada ... obrigadão - ela começa a abraçar o cachorrinho, enquanto admiro o seu olhar para Matt.
Ela estava tão feliz, na verdade todos casamento pelo que aparentava. Nem parece que alguns anos atrás atrás tão desvatados. Como seria se ele estivesse aqui agora? Como seria se algum dia ele voltasse? A saudade do meu pai foi curada com a felicidade de Savannah.