Giulia Morabito
Hoje acordei mais animada que o normal e olha que eu costumo acordar animada todos os dias.
Finalmente é o dia da cerimônia de pose do meu irmão, apesar de todas as pessoas chatas que estarão aqui, uma em especial faz o meu dia ser mais alegre.
Não vejo a hora de vê-lo, faz tanto tempo que não nos encontramos.
— Bom dia, família! — Cumprimento o meu pai e a minha mãe.
Dou um beijo no rosto da minha mãe e quando chego no papai, ele me abraça apertado.
— Bom dia, filha. — Mamãe se levanta. — Já estou de saída, preciso organizar umas coisas.
Ela se aproxima e dá um beijo no meu pai.
Eu acho tão linda a relação dos dois. É amor demais!
— Ansioso para o dia de hoje, pai? — Puxo conversa enquanto estamos comendo.
— Um dia normal como tantos outros. — Lança-me uma piscadela, com um sorriso bonito no rosto.
Minha mãe é linda, maravilhosa e perfeita, mas o meu velho, caramba... meu velho é lindo demais! Eles são um casal perfeito!
— Pai, você é um gato, sabia?
Ele ri. Eu amo esse som.
— Tô velho, cheio de rugas e cabelos brancos.
Levanto e vou até ele, abraçando-o e beijando a sua bochecha.
— Mas para mim, você é o homem mais lindo desse mundo todinho!
Ele puxa a cadeira, arrastando-a para o seu lado e bate para que eu me sente.
— Eu te amo, minha princesa! — Faz carinho no meu rosto. — Hoje é um dia especial para o seu irmão, eu sei que você é uma filha maravilhosa e que não fará nada de errado, não é mesmo?
— Nadinha. — Confirmo.
— Ótimo. Se arrume e fique ainda mais linda do que já é, isso se for possível, é claro.
— Não está querendo me arranjar um marido, não é pai?
— Para que vou te arranjar um marido? Você já tem um e muito em breve estarão casados.
— E que marido seria esse?
— Um aí, vou contar agora não. — Fala rindo.
— Ah pai! Não inventa essa história de me casar com o Théo não. — Me levanto. — Nós somos só amigos, nada além disso.
Vou saindo da sala de jantar, mas escuto ele falar:
— Melhor ainda, da amizade para o amor é um pulo.
Reviro os olhos.
Recuso-me a aceitar essa história de casamento com o Théo, eu fujo para as montanhas, para o lugar mais longe possível, mas não me caso com ele.
Eu amo o Adler, porque o meu pai não fala de me casar com ele? Tenho certeza que ele sabe do que sinto, até porque nada passa despercebido por ele.
Tento esquecer essa história e vou me arrumar, hoje eu preciso ficar maravilhosa para encontrar o homem dos meus sonhos.
[...]
Todos da família já estão aqui, menos o Adler, acho até que ele não vai aparecer.
— Tia. — Me sento ao lado da tia Alice. — Adler não ia vir?
— Daqui a pouco ele está aí, ficou de resolver um negócio para o seu pai antes.
Sei bem o tipo de negócio que ele está resolvendo.
— Ah sim.
Pego uma taça de champanhe que o garçom passa servindo.
— Giulia, para de ficar atrás do Adler, você vai se meter em encrenca.
— Poxa tia, você sabe que eu gosto dele.
— Eu sei, minha querida. Mas você precisa entender que não é isso que Adler quer, sem contar que o seu pai nem cogita a ideia de um casamento entre vocês dois.
— Meu pai quer me casar com o Théo, mas eu não quero.
— Théo é a melhor opção para você.
— Ah tia! Ele é um galinha!
— E Adler não?
— Preciso pelo menos beijar esse homem uma única vez.
— Duvido que ele aceite tal coisa. Respeita a nossa família demais.
— Mais é só um beijo tia, ele não vai desrespeitar ninguém pode causa disso, até porque, ninguém precisa saber.
— Sabe Giulia, olho para você e lembro de quando eu tinha a sua idade, era exatamente assim quando eu era jovem. Já te falei todo o sofrimento que as minhas atitudes impensadas e inconsequentes me trouxeram, não é mesmo?
— Você sempre amou o tio Enzo, sabe que esse sentimento não se apaga do dia para a noite.
— Sei também que nada que te falar vai mudar o que você quer. Ah Giulia, eu já fui você um dia. — Tia Alice sorri.
Meus olhos são direcionados diretamente para o homem que mexe com o meu coração.
— Ele é tão lindo! — Suspiro.
— Tenho que admitir, Adler é muito bonito, não é à toa que se parece com o meu marido.
Nós duas rimos.
Observo ele conversar com a nossa família e depois se aproxima de onde eu e tia Alice está.
— Alice. — Cumprimenta ela com um beijo na cabeça. — Giulia. — Me dá um simples aceno de cabeça.
Fico morrendo de inveja do cumprimento carinhoso que ele direcionou para a minha tia.
— Oi Adler. — Abro um sorriso enorme para ele.
— Sente-se comigo. — Tia Alice propõe e eu fico animada com essa possibilidade.
— Vou tomar um banho e depois eu volto.
Assim que ele avisa, dá mais um beijo na minha tia e some do nosso campo de visão.
— Tia, eu vou lá nele.
Ela arregala os olhos.
— Vai aonde, Giulia? Ele foi tomar banho.
— Só quero falar com ele.
— Giulia, não faça nada que vá se arrepender depois.
— Eu não vou, prometo.
Abro um sorriso confiante para ela e me levanto.
Olho bem para ter certeza de que não tem ninguém me vigiando e subo as escadas, indo em direção ao quarto de visita que tenho certeza que Adler está usando para se ajeitar.
Por sorte, a porta não está trancada e eu entro. O barulho do chuveiro me faz ter a certeza de que ele está aqui e essa confirmação eu tenho ao ver o seu terno branco em cima da poltrona.
Pego o seu terno e cheiro... Adler tem um cheiro forte, másculo, incrivelmente “sexy”.
Deixo seu terno no mesmo lugar e me olho no espelho. Eu não sou uma mulher f**a, porque Adler não me nota?
Uma ideia muito louca surge na minha cabeça e fico tentada a arriscar, é tudo ou nada.
Tiro a minha roupa, ficando apenas de calcinha e me deito na cama, esperando Adler sair do banheiro.
Eu sei, é loucura, mas eu preciso ser louca quando se trata desse homem, não aguento mais ser ignorada por ele. Impossível seminua ele não vai me notar.
Quando escuto a porta do banheiro de abrir, o meu coração dispara.
Adler para na minha frente com a toalha enrolada na cintura e os olhos arregalados.
— Que p***a* é essa, Giulia?
Forço o sorriso mais sensual que consigo.
— Uma surpresinha para você. — Engatinho até a beirada da cama e tento encostar nele, mas ele se afasta.
— Você ficou louca?! — Praticamente grita. Pega o meu vestido que está jogado no chão e joga em cima de mim. — Veste essa m***a* e sai daqui!
Ignoro o seu pedido e me levanto, me aproximando dele.
— Vai falar que você não me quer? — Passo a mão por seu peitoral incrivelmente definido, mas ele segura os meus pulsos.
— Não me faça perder a cabeça com você, Giulia. Em respeito à sua família, estou pedindo com educação, coloca a sua roupa e dê o fora daqui!
— Adler, é impossível que você não sinta nada por mim. — Dou um beijo em seu queixo e ele fecha os olhos.
— Giulia, não seja tão louca. — Quando ele abre os seus olhos, posso ver que está muito nervoso.
Coloco a mão por cima da toalha e fico impressionada com a sua ereção dura.
— Viu? Você me quer... porque se fazer de difícil?
Ele empurra a minha mão.
— Eu sou homem, p***a! — Justifica o fato de estar de p*u* duro para mim.
Sorrio, me sentindo vitoriosa por deixá-lo e******o.
— Então faz o que o seu corpo está pedindo. — Passo a língua por seu peitoral e empurro-o, fazendo cair sentado na cama.
Não dou tempo dele questionar e subo em seu colo, rebolando desavergonhadamente.
Eu quero esse homem e vou jogar pesado.
Sua mão forte aperta as minhas bochechas.
— Eu não vou fazer isso, você ouviu? Não me abrigue a tirá-la de cima de mim e desse quarto à força. O seu pai não vai gostar de saber que a filhinha dele está praticamente pelada, em cima de mim e me implorando para fodê-la.
Antes que eu tenha tempo de responder, a porta do quarto é escancarada e um Luigi furioso entra.
— Que p***a* é essa Adler? — Exclama.
Adler me empurra, tirando-me de cima dele. Quase caio no chão.
— Luigi, não é isso que está pensando. — Adler tenta se justificar.
Pego o meu vestido e coloco na minha frente, tentando tampar o meu corpo.
Não armei tudo isso para que fossemos pego, mas agora é tarde, a confusão está armada e prevejo tempestade.