LUCY Eu devia ter meu rosto estampado na capa de uma revista chamada “A Mais Iludida do Bairro”. Sério. Uma edição especial com pôster central e tudo. Me entreguei pro Jayme como quem acredita em horóscopo. “Hoje o amor vai bater na sua porta”, dizia. Bateu sim, com os dois pés e a trouxa da Lucy deixou entrar. Achei que depois daquela noite linda — aquela coisa digna de comercial de margarina quente com suspiros — ele ia, sei lá… criar coragem, dizer: “Acabou, Lucy. A outra é só uma sombra do que somos.” Mas não. Sabe o que ele fez? Atendeu ligação da outra na minha frente. Saiu como se ela fosse a última bolacha do pacote e ainda me deixou com o filho dele Arthur dormindo. Mais uma vez. Parabéns pra mim. Pela segunda vez eu virei a opção B na vida de um cara que me faz treme

