LUCY Eu podia ter ligado. Podia ter mandado mensagem. Um simples “Oi, Jayme, tua namorada tá aqui se esbaldando no suco que EU fiz”. Mas onde estaria a graça nisso? Não sou obrigada a ser santa o tempo todo. Quero ver a cara dele. Quero ver ele explicando. Quero ver ele se enrolar bonito. Quem mandou? Se tá em um relacionamento, por que me comeu? Que falta de vergonha. Ontem à noite me devorou como quem tá há cinco anos no deserto, hoje cedo me deu um beijo digno de comercial de pasta de dente e foi embora como se nada tivesse acontecido. Me deixou ali, com o filho dele, na casa dele, vestindo a camiseta dele. É muita audácia. “Que p***a, Jayme”, foi a única coisa que pensei. Mas beleza, né? Tô aqui, com o Arthur, fazendo o que ele devia estar fazendo: cuidando da cria. O pequeno tava p

