LUCY Acordei com uma dorzinha chata na cabeça, bem ali, na lateral, pulsando como se tivesse um tambor dentro do meu cérebro. Virei pro lado, abracei o travesseiro e respirei fundo, tentando entender se aquilo tudo que aconteceu na noite anterior tinha sido real… ou se meu cérebro, misturado com vinho, carência e imaginação fértil, tinha inventado tudo. Mas, infelizmente, não era invenção. O Jayme me beijou? Não. Quem ele beijou foi ela, a tal da mulher do encontro. E ainda teve a audácia de rir da minha cara, como se meu desconforto, minha cara fechada e meu ciúme disfarçado fossem uma piada de mau gosto. Que homem! E que droga, Lucy, você jurou que não ia se apaixonar de novo, que não ia se meter nessas encrencas sentimentais. E olha aí… parabéns pra mim. Levantei meio devagar, f

