JAYME A angústia que eu sentia... não tem nome. Era como se alguém estivesse apertando meu peito com as duas mãos, sem pausa, sem misericórdia. Meu filho desaparecido. A Lucy, baleada, entubada. O bebê que ela carrega correndo perigo. E eu? Aqui. Sem poder fazer absolutamente nada além de esperar. Ninguém tinha pedido resgate. Ninguém tinha deixado recado. Nenhuma testemunha identificável. Por que levaram o Arthur? Ele é só uma criança. Tão doce, tão sensível. Meu loirinho. Meu amor. Não me lembro de quanto tempo passou desde que recebi a notícia. Podiam ter sido minutos ou uma eternidade. Mas quando vi o Arnaldo — o investigador particular contratado pelo padrasto da Lucy — entrando novamente na sala de espera do hospital, meu corpo reagiu com um impulso quase animal. Levantei n

