JAYME
Cheguei em casa já passando das três da manhã. A cidade, que costuma ser um caos, estava estranhamente silenciosa. O som dos meus passos no piso frio parecia alto demais praquele horário.
Tranquei a porta, larguei as chaves na mesinha da entrada e, por algum motivo que nem eu sei explicar, fui até o quarto de hóspedes. Talvez pra checar se tava tudo bem. Talvez... só pra não dormir sozinho naquela cama enorme que ultimamente parecia mais gelada que o Alasca.
Abri devagar a porta e dei de cara com uma cena que, por algum motivo, aqueceu meu peito mais do que qualquer taça de vinho.
Lucy, completamente jogada na cama, dormindo torta, com uma das pernas pra fora do colchão, a cabeça meio pendendo pra lateral, e o Arthur... atravessado no meio dela, uma mão segurando a camiseta dela
