Desejo

3520 Words
Nadja Sinto uma mão acariciar minha cabeça e sorrio me vendo ser jogada numa fogueira quentinha. Abro os olhos assustada e constato que aquilo era um sonho. Vejo Pedro acariciar minha cabeça e sorrir ao tirar os olhos da televisão e olhar para mim. Sento ao seu lado no sofá e me recomponho. — Como isso foi acontecer? — Cê bocejou, bocejou… até que deitou no meu ombro, resmungou alguma coisa, dormiu, aí eu deitei sua cabeça no meu colo. — Ah, perdão. Tive uma semana cansativa. Já estamos no mês de eleições e eu tenho muito a fazer. — Pois é. A gente não se vê faz tempo. — Ele começa a trocar de canais sem parar. — Não tá passando nada que preste. Sinto um odor diferente e cheiro o seu pescoço. É um perfume estranho, mas bom. — Comprou um perfume novo? — Comprei. — Ele continua a passar os canais. Também sinto cheiro de roupa nova. Agora que reparei, ele está bem-arrumado. Não está vestido com a roupa típica de um malandro. Camisa de manga longa branca, calça jeans escura e sem nenhum r***o, relógio bonito, perfume novo… — Você já viu todos os canais, não vai parar? — Retiro o controle da sua mão e o coloco na mesa. Ele me beija, deita-me no sofá e começa a desabotoar os botões da minha saia. Nossa, a timidez passou com uma cirurgia? Milagrosa! Ele levanta minha blusa, beija minha barriga enquanto tenta abrir a frente do meu sutiã, mas falha miseravelmente. — Só um segundo. — Ele quebra meu sutiã. Fingirei que não ligo. É só um sutiã muito lindo que eu acabei de perder, mas tudo bem. — Você vai me pagar outro igual a esse, filho da mãe! — exclamo com dentes cerrados. — Tá, tá! — Ele me beija enquanto ofega e passa a mão pelos meus s***s. Ouço um grito e afasto o Pedro. Avisto a mãe do Josué na escada segurando uma vassoura. Ela está completamente assustada. Arrumo a minha roupa e digo: — Eu sinto muito por isso. — Levanto-me do sofá e vou até ela. — Eu não deveria ter feito isso aqui. A senhora está bem? — Vocês são nojentos! — Ela passa por mim e entra na cozinha. Olho para o Pedro e coloco as mãos na cintura. — Ela deve ter feito o Josué numa clínica de inseminação. — Acho melhor a gente sair da reta dela enquanto ela tá assim. — Ele pega a minha mão e me leva para fora da casa do Josué. — Depois a gente pede desculpa. — Uai, tá me levando para onde, querido? Ainda mais de mãos dadas. — Minha casa. — Sincera e infelizmente, eu perdi completamente a vontade de t*****r após aquele constrangimento. — A gente não precisa t*****r, vamos almoçar. — Ah, o Josué me disse que na sua casa tem pé de amora e jabuticaba. Está na época de colheita. — Sorrio. Ele dá um riso e abre o portão da sua casa. Um cachorro corre até nós e começa a latir para mim. É um caramelo pequeno. — Ele morde? — Não. Aproximo-me dele para acariciar sua cabeça, mas ele sai correndo e gritando como se eu tivesse o dado uma pancada. — Eu nem toquei nele. — Ele tem medo de estranhos. — Ele fecha o portão e olha para a minha blusa. Olho também e lembro que meu sutiã está aberto, porque o infeliz o quebrou e meus s***s estão marcando minha blusa. Tiro meu sutiã sem retirar a blusa e dou para o Pedro. — Guarda e depois compra outro para mim do mesmo modelo e tamanho. Seus pais estão em casa? — Minha mãe já morreu e meu pai deve tá fazendo o almoço. — Então eu vou colocar um sutiã. — Ele não liga, não. Ele gosta de homem. — Ele toca nas minhas costas e me leva para a sua casa. Um homem idoso que se assumiu para o filho? Nunca achei que viveria tempo o suficiente para ver algo assim. Ontem mesmo eu vi um homem bater no filho, porque ele estava chupando um chup-chup de leite condensado com muita vontade. Homem com H maiúsculo morde, não chupa, certo? Da porta da cozinha, vejo o pai dele mexendo com uma colher o feijão na panela. Ele é um senhor de idade, seus movimentos são lentos e delicados. — Pai? — Pedro vai até ele. — Essa é a minha amiga. Coloco as mãos para trás e dou o meu melhor sorriso, retribuído pelo pai dele. — Que menina linda! Eu sou o Antônio, pai do Pedro Henrique. — Ele vem até mim e me dá um beijo na bochecha. — Que moça bonita! — Ele toca no meu rosto com delicadeza. — Ela vai almoçar com a gente. — Eu tô fazendo dobradinha com arroz branco, você gosta? — Muito! — Então tá bom. Daqui a pouco eu termino. — Ele volta a ficar na frente do fogão e olha para a mão do Pedro, que ainda segura o meu sutiã. — Que isso, meu filho? — Nada, pai. — Ele dá um beijo na bochecha dele. — Eu vou ali no meu quarto e já volto. — Ele passa por nós e eu fico olhando o senhor Antônio fazer o almoço… Enquanto ele terminava de preparar a comida, ficamos conversando sobre a infância do Pedro. Pelo que o pai dele disse, ele não era um garoto r**m e podia ter tido um bom futuro, mas quando sua mãe morreu há alguns anos, começou a ter amizade com pessoas erradas e se “apaixonou” pela vida do crime. Com 13 anos, ele começou nessa vida como fogueteiro e foi subindo de cargo. Coloco na mesa o prato de pedreiro que o senhor Antônio fez para mim. Espero Pedro e ele se sentarem à mesa com seus pratos e começo a comer. — O senhor cozinha muito bem! — Mastigo a comida enquanto engulo e coloco mais comida na boca sem parar. Em 5 minutos termino de comer e tomo o refrigerante que ele havia me servido. — Vou colocar mais para você. — Ele se levanta após acabar de comer e pega o meu prato. Pedro Henrique arregala os olhos e diz: — Pai, assim cê vai fazer ela explodir! — Morro, mas morro feliz. Não tem problema. — Dou um riso. — Nunca viu eu comer assim? — Uai, eu sempre vejo cê comer marmita e a que o Josué compra já é grande. Não tem fundo, não? Dou um riso e o senhor Antônio coloca o meu prato na mesa, dessa vez com menos comida. Em poucas colheradas termino de comer e o Pedro também. — Eu lavo a louça. — Levanto-me e começo a pegar os pratos. — Já lavou louça alguma vez na vida? — Pedro cruza os braços. — Incontáveis vezes. Nem sempre eu tive dinheiro, senhor Pedro Henrique. — Vou para a cozinha com os pratos e o senhor Antônio pega os copos para também levá-los. Ele os coloca na pia. — Pode descansar, senhor Antônio. Eu termino isso aqui. — Pego a bucha e a esfrego no sabão em barra. — Eu não vou recusar, não. Deus te abençoe, menina! Agora eu vou dar meu cochilo da tarde. — Ele sai da cozinha e eu começo a lavar a louça. Pedro me observa calado e me dá um beijo na bochecha. — Melhor não se apaixonar, porque eu não sirvo para ser mulher de bandido, viu? — A manga da minha blusa molha ao enxaguar as colheres e estico meus braços para o Pedro. — Dobra as mangas para mim, por favor. Ele o faz e começa a guardar o que lavei. Após lavar os talheres e os pratos, lavo os copos e ele os guarda. — Agora vamos comer jabuticaba? — Enxugo as mãos no pano de prato e o coloco em cima do puxador do forno. Pedro me puxa pela cintura, coloca uma mão na minha nuca e me beija com desejo. Eu poderia ceder e t*****r com ele na sua casa, mas acho melhor eu não desrespeitar o pai dele. Já desrespeitei a mãe do Josué, não cometerei mais erros hoje. Afasto-me dele e digo: — Num dia que o seu pai não estiver aqui, eu faço tudo o que você quiser. — Mordo o seu lábio. — Tá bom. — Ele dá um sorriso tímido. Saímos da sua casa e só agora percebo o quanto o quintal é cheio de frutas, verduras e legumes. Ouço um som de pato e olho para o lado, entre as ramas de abobrinha, vejo um patinho lindo se aproximar de uma galinha que está ciscando. — Que lugar perfeito! Seu pai que cuida, não é? — Sim. Eu não sirvo para isso. — Ele anda até o pé de jabuticaba que fica próximo ao muro e começa a pegá-las. Come apenas a polpa e joga a casca e a semente no chão. Pego a jabuticaba, mastigo-a e como tudo. — É bem doce essa. As que são compradas no mercado não são tão boas. — Pois é. — Ele suspira e olha para o chão. — Posso te confessar uma coisa? Ai, Deus, o que será agora? Que não seja uma declaração de amor, porque eu falo sério quando digo que não quero ser mulher de bandido. Ter um relacionamento com gente do crime é loucura. Apesar que eu também sou uma criminosa. — Confesse. — Coloco as mãos para trás e espero ansiosa. — Eu não quero ser seu namorado, não quero ser seu ficante exclusivo ou ter qualquer outro tipo de relacionamento amoroso. Sei que para você eu sou só um maconheiro desgraçado que quer usar para passar o tempo, mas eu queria sua amizade de verdade. Tipo… Você é a pessoa mais verdadeira que eu já conheci, até brigou com o Jota por minha causa e sempre foi gentil. — Obrigada pelos elogios e nós podemos ser amigos. A propósito, eu te acho um cara legal e “bom”, mas preciso deixar claro que eu abomino completamente o seu “trabalho” e, se você morrer, não vou escrever em rede social alguma que você virou um anjo e não merecia isso. — Não se preocupa. Hoje eu sei que o que faço me faz ser digno de desprezo. — Ele beija a minha boca. Paro de o beijar por um momento, mas mantenho nossos rostos próximos, e digo: — Você não é só um maconheiro desgraçado que eu quero usar para passar o tempo. Gosto da sua companhia. — Só te peço uma coisa: não seja tão dura comigo como é com o Jota. Sorrio e retorno a beijá-lo. Eu não entendi muito bem o que ele quiz dizer, mas acredito que tenha relação com as minhas opiniões. Não posso prometer que vou calar a boca ou usar eufemismo. Quando não estou perto de pessoas que preciso ser falsa, as palavras tendem a sair da minha boca sem eu pensar. Josué Na cozinha, minha mãe me dá um beijo na bochecha e diz: — Boa noite, meu filho! Eu já vou dormir. — Ela vai embora. Dou um longo suspiro e vou para sala. Sento no sofá e fecho os olhos. Estralo cada um dos meus dedos e olho para a televisão desligada. Ouço a porta da casa ser aberta. Observo pelo reflexo da televisão Nadja entrar e trancar a porta. Ela joga os cabelos para trás e coloca as mãos nas costas. — Boa noite, Josué. — Ela dá aquele sorriso simpático. Olho para trás e também sorrio. Ela se aproxima de mim com olhar desconfiado e me analisa. Coloco meu pé em cima da outra perna e espero pelo fim da análise dessa incrível mulher inteligente. — Imagino que queira me dizer algo. — Ela se senta ao meu lado. — O que eu iria querer dizer para você? — Estreito os olhos e cruzo os braços. — Pensou num motivo para eu querer falar com você? — Fala logo! Estou cansada. — Ela joga a cabeça para trás e bufa. Coitada, trabalha tanto que é normal estar cansada. É engraçado que ela não cansa de falar ou fazer merda. É hilário! — Você não mora mais aqui. — Josué, que história é essa? Como vou trabalhar para você se eu não tiver onde morar? — Já pensou em arrumar um emprego decente ou pedir a droga de um salário para o seu pai? — Exalto a voz. Ela se levanta e franze o rosto. — Por que isso agora? — Não te aguento mais. — Gesticulo com as mãos enquanto listo os problemas: — Eu decidi não t*****r mais na minha própria casa para o conforto da madame, a gente briga a semana inteira, você é insuportável, arrogante, metida e, para piorar, eu chego em casa e fico sabendo que minha mãe viu você toda arreganhada no sofá para o PH. p**a que pariu, se queria t*****r, transasse no meio da rua, mas não na frente da minha mãe! Ela passou a morar aqui ontem à noite e hoje ela já vê essa p*****a. c*****o! — Não foi bem assim como sua mãe contou e eu já pedi perdão. Sobre brigar, eu também concordo que brigamos demais, mas sempre nos resolvemos. Mas agora você diz que não está transando na sua casa por minha causa? — Ela dá um riso forçado. — Para de mentir, isso é por sua mãe que, pelo visto, abomina atos carnais. A propósito, eu também posso te dar alguns adjetivos: folgado, narcisista, insuportável, pervertido, burro e explosivo. — Você vai sair da minha casa! — Levo Nadja até a porta, destranco a porta e a mando sair: — Anda! — Josué, você precisa de mim. — Ela se aproxima mais do meu rosto. — As eleições estão chegando, eu consegui aliar o Alberto a muitas pessoas próximas ao Soares. Meu padrasto irá ganhar as eleições e eu estou pronta para dar o melhor de mim, isso significa que até estou pronta para usar da minha beleza se for preciso. As cartas estão chegando às minhas mãos e preciso apenas inseri-las ao jogo no momento certo. Eu te mostrei as provas, sempre mostro os resultados do meu trabalho. Resultados ótimos. Vai jogar tudo fora? Olho bem para esses olhos desafiadores. Nem a maquiagem está escondendo por completo as olheiras das suas noites de pouco sono. Eu percebo o quanto essa praga tá trabalhando, mas como ignoro o resto? Morar com ela significa viver no caos e, sem ela, minha vida já não era mil maravilhas. Nadja me deixa louco, louco de ódio. — Eu não te suporto, mas eu sei como a gente pode melhorar isso. — Fecho a porta. — Pode gastar o meu dinheiro com o que precisar, viva aqui, coma da minha comida, divida a cama comigo. Mas em outros momentos eu vou fingir que você não existe e você vai fazer o mesmo comigo. Só abre a boca para falar comigo se for algo importante. — Dou as costas a ela, subo o primeiro degrau da escada e lembro de mais uma coisa para dizer: — E não quero ver você e o PH se esfregando aqui!… Fui para o meu quarto, fiquei apenas de cueca e me deitei. Minutos depois, Nadja entrou no quarto e eu senti o cheiro do seu sabonete. Abri os olhos e a vi apenas de toalha, mas isso não foi o que mais me chamou a atenção. Seu rosto sem maquiagem mostrava um olhar muito abatido. Ela estava trabalhando demais para fazer tudo dar certo. — Pode não me encarar, por favor? — pergunta, segurando uma camisola. Viro o rosto para o lado para que ela se vista e segundos depois sinto sua presença ao meu lado. Olho para Nadja, ela está com os olhos fechados e ronca bem baixinho. — Eu sei que o senhor matou aquele homem! — murmura. Tenho certeza que isso tem a ver com política… Abro os olhos devagar e me viro para o lado. Nadja já está acordada e mexendo no seu notebook. Os olhos estão vidrados na tela. — Já são 8 horas? — Não. São 6 horas. — Ela nem se dá ao trabalho de olhar para minha cara. — Tá fazendo o quê? — Estou dando um jeito de atacar o partido inimigo do Soares. Achei alguns vídeos misóginos. — Ela dá um sorriso sútil. Nadja começa a digitar tão rápido que o barulho do teclado me irrita. — Depois você vê isso. Desliga essa merda e vai dormir! — Cubro os olhos com meu braço. — Mas minhas pesquisas estão indo bem. Se eu continuar assim, até 9 horas eu consigo entregar um bom material para o… o… o… Olho para seu rosto. Seus olhos estão fundos como o de um louco. Ela não dormiu direito. Daqui a pouco vai parecer um defunto. — O… — Ela bate na própria cabeça. — Qual o nome? — Do quê? — Não sei. — Ela suspira e coloca as duas mãos na cabeça. — Por sua culpa eu me perdi. Reviro os olhos e cubro minha cabeça com o cobertor. Vou fazer o que eu disse ontem à noite: fingir que essa maluca não existe… Estico os meus braços e as minhas pernas. Olho em volta e não vejo Nadja no quarto. Desço para tomar café da manhã após ter escovado os dentes e me assusto ao ver a mulher sentada no chão da cozinha, comendo pão com ovo enquanto mexe no notebook. Isso só pode ser doença. — Bom dia, meu filho! — Minha mãe me dá um beijo na bochecha e abaixa a cabeça ao ver Nadja. — O que ela tem? — sussurra. — Não sei, mas não liga. Deixa essa maluca no canto dela. — Abro o armário e pego uma xícara. — Fez café? — Fiz. — Ela reveza o olhar entre mim e Nadja. — Parece que ela usou drogas. Faço sinal de silêncio para a minha mãe e ela para de falar do encosto. PH entra na cozinha comendo pão de queijo e com um sorriso enorme. — Bom dia, tia! — Ele dá um beijo na bochecha da minha mãe. Diferente do que eu achei que aconteceria, ela sorri como se não tivesse o visto numa situação desagradável com Nadja. PH me dá um tapinha no meu ombro. — E aí? — E aí? Acordou bem, em! — Pois é. — Ele repara na Nadja no chão e estreita as sobrancelhas. Antes que eu pudesse pedir que ele esquecesse dela, já estava sentado no chão ao lado da Nadja e ela explicou tudo o que estava fazendo. Achei que ela fosse o xingar por atrapalhar, mas parece que não. Pego café na garrafa térmica e tomo um gole enquanto vejo Nadja conversando animada com o PH. — Não tem como eles se explicarem. As partes dos vídeos não foram tiradas de contexto, então é impossível se defenderem. — Ela joga o cabelo para trás. — É por isso que é bom ter amigos jornalistas. Eu não conseguiria esses vídeos sem a ajuda deles. — Ela começa a olhar para o nada como se estivesse desnorteada. PH chama por ela duas vezes, mas só na terceira ela responde: — Oi? — Cê tá bem? — Balança a mão na frente dela. Ela balança a cabeça para os lados, discordando, mas sorri e se levanta. — Agora preciso ir para a igreja. — Nadja boceja e sai da cozinha. PH vai atrás como se fosse o cachorro dela. Só falta abanar o r**o pedindo por carinho. Minha mãe se aproxima mais de mim e diz: — Por que está assim, meu amor? — Assim como? — Estava olhando para os dois com uma cara feia. — É que ele fica correndo atrás daquela metida como se fosse um cachorro. — Cruzo os braços. — Ela não faz m*l para ele. Tenho certeza que o Pedro acordou feliz assim porque ontem almoçaram juntos. O Antônio me disse que ela é um amor de pessoa e que ficaria muito feliz se o Pedro namorasse uma mulher como ela. É estressadinha, mas não deve ser uma moça r**m, meu filho. Olho incrédulo para ela. Essa garota só pode ser um vírus que infectou todo mundo, mas que só eu sou imune. Não é possível que ninguém mais veja o quanto ela é r**m. — Josué, você tá com ciúme dela com o Pedro? Parece muito. — Eu não. Tanta mulher me querendo, eu vou dar moral para aquilo? — Dou um riso. — Ô, mãe, cê tá vendo coisa onde não tem. Ela me olha como se não acreditasse muito. Tá certo, eu acho a Nadja gostosa, mas ciúme eu não tenho. E talvez qualquer dia desses ela vira minha marmita, sei lá. Se eu quiser, a qualquer momento eu boto ela para me mamar.
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