O pequeno quarto apertado era preenchido por um silêncio assustador. O único som vinha da janela antiga que tremia com o vento forte lá fora. Angelina estava sentada na beira de um colchão velho, encarando uma parede vazia como se tivesse algum significado. “É tudo culpa minha”, ela desabafou. “Se eu não tivesse fugido, nada disso teria acontecido com você.” Silêncio. A garota loira respirou fundo, com os olhos voltando para a pessoa debaixo do cobertor grosso. Cabelos castanhos desarrumados se sobressaíam das cobertas, que subiam e desciam com soluços abafados. “Não espero que me perdoe.” Silêncio. “Por favor, diga algo... qualquer coisa.” “Não é sua culpa.” Um sussurro rouco veio de debaixo das cobertas. “Eu não te culpo. É aquele monstro...” Amanda engasgou em outro soluço.

