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Lion narrando
Analisando a Dara na minha cama, a forma como ela fala, como os olhos dela brilham... na moral, eu tô apaixonado por essa mulher. Desde a primeira vez que bati o olho nela, me perdi. Eu não podia fazer ela sofrer, não podia deixar ela aqui contra a v*****e dela — pelo menos, não agora. Ela tem mais duas semanas aqui no Rio. Eu sei que ela vai subir de novo, sei que não vai resistir e vai vir me dar essa b****a com v*****e. Eu sei. Sei porque ela também tá apaixonada. A conexão que a gente teve é rara, é forte demais pra ser só fogo.
Eu deixei ela ir, mas só deixei porque tenho certeza de que ela vai voltar. E quando voltar… vai ser pra mim.
Geovana aparece do nada com o i********: dela aberto, mostrando uma foto linda, natural, cheia de charme. p***a, ela é maravilhosa. Inteligente, estudada, determinada. Se ela quiser, eu construo até um hospital pra ela aqui no morro. E boto o nome dela na fachada.
— Quem tá afim de curtir Angra? — solto de repente, e Geovana me olha impressionada.
Geovana: Como assim?
— O morro tá tranquilo. Tudo sob controle. Vou deixar o Chacon e o Canivete de frente, só hoje e amanhã. A gente volta depois de amanhã. Os cana tão tudo comprado, não tem operação marcada, zero risco de invasão. Vamos aproveitar.
PC: Aê! Bem que a gente merece umas férias, né não?
Geovana: Partiu Angra!
— Vou mandar preparar tudo. Daqui a uma hora, encontro vocês na garagem. Quero tudo pronto, sem caô. E Geovana… não avisa as meninas, quero fazer surpresa!
Assim que termino de falar, cada um vai cuidar das coisas. Fico ali, parado por alguns minutos, sorrindo. p***a… eu vou ver ela de novo.
Subo, passo as ordens pros caras. Tenho uma ilha em Angra, colada num resort que também é meu — mas ninguém desconfia que sou dono, muito menos que sou chefe do tráfico. O Rio é meu e ninguém imagina. Eu sou presença, sou empresário, sou o Lion. E ninguém segura o que é meu.
Com tudo pronto, jogamos as malas no carro e seguimos viagem. Depois de algumas horas, sinto o cheiro do mar batendo forte e sorrio.
— Chegamos!
Geovana: Aêêêê, Angra! — ela grita empolgada.
Sophia: Seria perfeito se a gente não soubesse o real motivo da empolgação…
— Pula esse disco, Sophia. A mina é hétero. — respondo, e geral cai na risada.
Colocamos tudo na lancha e seguimos pra ilha. No caminho, abro o i********: da Dara e vejo os stories. Geovana tá do meu lado, e assim que olha a tela dela, solta:
Geovana: Elas tão numa festa… no teu resort.
PC: Coincidência do carai. Parece até que é o destino empurrando vocês dois.
— E é. O resort é ali na ilha. Vamos pra lá agora.
Dou ordem pros funcionários levarem nossas malas pra minha casa e seguimos direto pro resort. O lugar tá bombando, cheio de gente bonita, música estourando. Eu desço do barco com aquele meu jeito que ninguém esquece e entro no salão de festas. Dou uma varrida rápida com os olhos e pronto. Lá estão elas. Três meninas dançando no meio da pista. E uma delas…
É ela.
Me aproximo devagar, sentindo o perfume dela no ar. Igual da primeira vez. Me aproximo por trás, sem ela perceber.
— Posso te pagar uma bebida? — solto no ouvido dela.
Dara se vira rápido, surpresa, com os olhos brilhando.
Dara: Dante!! É você? — fala tocando meu rosto. E eu sorrio, largado, todo dela.
— Em carne, osso e gostosura. — brinco, e ela ri. Então ela me beija. Que beijo...
Quando nossos lábios se encontraram sob o céu estrelado de Angra dos Reis, foi como se o tempo tivesse parado. A lua iluminava o rosto dela como se fosse uma bênção dos deuses. Meu coração disparou, o corpo dela colou no meu, e por alguns segundos não existia mais nada — só o gosto dela, a entrega, a certeza. O beijo era suave, mas cheio de d****o. Um juramento silencioso de que a gente pertencia um ao outro.
Eu sabia ali: nunca mais vou deixar ela ir. Ela é minha. E eu sou dela.
A gente se afasta, mas ela ainda me olha com aquele brilho nos olhos.
Dara: Nunca me senti tão viva. — ela sorri.
— Você é minha. Eu te quero por inteiro!
A noite tropical virou cenário de conto de fadas. O resort tava um deslumbre: luzes refletindo nas águas da baía, música misturando samba, axé e batidas eletrônicas. Palmas iluminadas, flores coloridas, balões dourados, todo mundo sorrindo e dançando com roupas de verão chiques. A tela de LED no fundo mostrava cenas lindas do Rio. Era mágico. E eu com ela no meio daquilo tudo, dançando, rindo, vivendo o melhor da vida.
Nada podia superar aquela noite.
Horas passaram e a festa continuava. Bebemos, dançamos, rimos juntos. Dara tava radiante, leve, completamente entregue àquele momento. Voltamos todos pra minha casa na ilha — imensa, linda, com vista pro mar — e assim que ela entra, já grita:
Dara: c*****o! Tu tem uma ilha, tem uma casa dessa em Angra dos Reis?! Eu tô sonhando! — ela fala quase chorando de emoção. Todo mundo ri.
Luiza: Isso aqui é um sonho, mesmo!
Nara: Eu nem imaginava que vocês tinham essa vida. Isso aqui é outro nível!
Sophia: Dinheiro compra tudo, né, querida?
Luiza: Se eu fosse tu, Dara, não ia embora nunca mais!
Dara: Deixa de viajar, Luiza! Já tá falando m***a…
— Mas se você quiser, pode ficar. Aqui, eu posso te dar tudo que você precisa.
Dara: Você é incrível, Lion. Lindo, inteligente, intenso. Eu sei que você me faria feliz… Mas minha vida é em Recife.
Luiza: Vida parada, sem emoção, só vive pro trabalho. Não sai, não transa, não trepa nem sai de cima.
Dara: Vai tomar no cu, Luiza! — ela ri, e todo mundo acompanha. Mas eu fico sério por dentro. Porque o que ela falou… me preocupa. Ela não querer ficar é um problema. Porque eu não quero, de jeito nenhum, deixar ela ir.
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