Capítulo 39

1098 Words

Carolina narrando A água da hidro fazia um barulhinho bom, tipo chuva mansa batendo no azulejo. O quarto inteiro embaçado, vidro do box suando, minha pele quente, o uísque cortando com gelo e fumaça no ar. Eu sentei no colo dele sem cerimônia costas apoiadas no peito, minhas pernas por cima das dele e deixei as bolhas acertarem o ritmo do meu corpo. Não tinha pressa. A noite tava no ponto. — Tu sempre entra assim, como se já fosse dona do lugar? — ele falou no meu ouvido, voz baixa, aquele grave que arrepia a nuca. — Quando o lugar me quer — respondi, rindo de canto. — Brinda comigo ou vai ficar só olhando? Encostei o copo no dele. Tum. Brinde curto, olhar longo. O gelo tilintou, e eu senti a mão dele na minha cintura, tranquila, firme. Nada exagerado. Peso certo. Foi aí que caiu a fi

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD