Dois

2650 Words
Eu estava esperando correspondência há alguns dias — eu sempre comprava muitos materiais online — e quando o meu pacote finalmente chegou, eu tomei o maior susto desse mundo ao abri-lo. Eu estava parado de frente a caixa aberta completamente pasmo com o seu conteúdo. Atualmente, eu trabalhava mais com arte digital, mas eu tinha encomendado um pouco de nanquim para não perder o hábito de desenhar manualmente. Só que aquilo era… Hm, com certeza, tinha algo muito errado ali. Então, chequei o remetente na caixa, coisa que eu nunca fazia, já que a correspondência era entregue e separada na portaria. Essa era a única coisa que eu podia pensar no momento, que aquela entrega não era para mim. — p***a. — xinguei, após ler o destinatário para ter certeza do meu equívoco. Não era mesmo o meu nome escrito ali. As caixas deviam ter sido trocadas e eu abri o pacote de outra pessoa. Pensar nisso me deixou nervoso, ainda mais com o conteúdo que tinha nela. Porém agora, eu não tinha muito o que fazer além de pegar a caixa e ir atrás da sua dona com um pedido de desculpas sincero. Só seria constrangedor pra p***a fazer isso, já que agora eu conhecia a sua compra. Após um gemido frustrado, agarrei a caixa e fui para o elevador. Não tinha jeito, teríamos que passar por aquela situação desconcertante juntos. Eu não podia simplesmente deixar sua correspondência aberta na portaria e fingir que não tinha sido eu a violá-la. A pessoa morava um andar abaixo do meu, o que não me deu tempo nem pra pensar direito em quais palavras eu usaria para lhe explicar que aquilo tinha acontecido sem intenção. Em segundos, eu estava diante de sua porta. Sem prolongar mais aquele martírio, apertei o botão do lado dela e escutei uma resposta imediata: — Eu já estou indo! — era… uma voz masculina…?! Tremi e voltei a xingar baixo. Isso podia ser ainda mais constrangedor do que eu havia imaginado. Por mais que eu sentisse uma vontade imensa, eu não podia simplesmente deixar a caixa aberta na frente da sua porta e sair sem me desculpar. Sem falar que ele também poderia estar com o meu pacote e eu precisava para os meus esboços. A porta abriu sem avisos e um lindo homem de feições joviais e cabelos negros me encarou com um sorriso fofo que mostrava todos os seus dentes. Seus olhos eram tão vívidos e mesmo que fossem miúdos exalavam um brilho chamativo. Ele ergueu a sobrancelha e me encarou um pouco confuso, provavelmente porque não fazíamos ideia de quem éramos, ainda que morássemos no mesmo prédio. — Posso ajudar em algo? Sua fala me acordou do meu transe e me fez perceber que o seu olhar não era apenas por eu ser um estranho em sua porta, mas por eu ser um estranho em sua porta que o estava encarando tão descaradamente. Cada detalhe seu e de suas roupas estranhas — quer dizer, suas roupas pareciam caras e parecia também que ele estava prestes a ir para um trabalho comum de escritório, com sua camisa branca de botões ensacada em sua calça preta social e um cinto também preto. Ele ficava bem naquelas vestes, mas tinha um apetrecho extra que fazia tudo ficar estranhamente atraente e fora do padrão profissional. Um harness body preto de couro, cheio de fivelas abraçava seu corpo. Eu até podia ver a marca de seus m*****s em sua camisa branca — foram escaneados por meu olhar faminto. É, eu realmente devorei aquele estranho com os meus olhos, antes de estender os meus braços, envergonhado. Lembrando que ele provavelmente ia ficar bem puto com o que vinha a seguir. — Você é Min Yoongi? — tentei manter a minha voz o mais firme possível. — Sou. — ele disse olhando para as minhas mãos, curioso. — Eu acho que podem ter trocado a nossa correspondência na portaria. Eu não verifiquei antes de abrir. Sinto muito… Ele se manteve sério, ao enfiar a mão na caixa e puxar o objeto de dentro dela. Só quando o tinha bem preso em sua mãos que ele soltou um sonoro: “aaaaaaaaah”, animado, para o meu espanto. Porque na minha cabeça, qualquer pessoa se sentiria envergonhada com um acontecimento daquele. — Finalmente chegou! — exclamou. — Nossa, é mais bonito do que eu imaginei! — ele me olhou como se esperasse uma opinião e eu fiquei sem saber o que devia dizer, enquanto meu cérebro continuava a analisar a situação. Em que o tal Min Yoongi segurava, sem vergonha nenhuma, o dildo de vidro que parecia mais uma varinha mágica, dessas que vemos nos animes de mahou shoujo que lutam bravamente para salvar o Japão das forças do m*l. Eu tinha que admitir, era bem bonito mesmo e devia ser mais lindo ainda quando estivesse dentro dele. Uma cena que com certeza eu queria ver, mas eu não ia falar isso aqui e agora. Apesar do dono ser tão descarado o segurando na minha frente como se não fosse grande coisa. De repente, ele pegou a caixa da minha mão e andou para dentro da casa. — Entra. — me convidou. — Eu peguei uns pacotes hoje também, mas não abri ainda. O seu pode estar no meio. O acompanhei meio acanhado, ele ainda tinha aquele objeto na mão, e fomos até uma sala que parecia um estúdio muito bem improvisado. O lugar era muito bem decorado, como um cenário temático, mesmo que eu não soubesse de que. Também tinham câmeras em locais estratégicos e um computador que monitorava tudo. No ponto cego das câmeras tinha uma mesa com alguns pacotes, papéis e até comida. Devia ser a sua mesa de trabalho. Yoongi foi até ela e começou a ler as caixas, devia ter umas cinco, empilhadas e eu nem ousava imaginar o que elas guardavam. — Min Yoongi… Min Yoongi… Min Yoongi… — algumas ele passava em silêncio. — Jeon Jungkook… — me encarou. — Deve ser você. — Sim, sou eu. Jeon Jungkook. — repeti como se estivesse me apresentando de uma maneira mais apropriada. Ele sorriu para mim e me entregou a caixa. — Desculpe por ter rompido o seu lacre… — falei assim que peguei o pacote lacrado, me sentindo culpado pelo modo como a sua havia sido devolvida. Ele riu de um modo malicioso, ao me ouvir, e me fez perceber que aquilo tinha soado bem obsceno. Não era a minha intenção de verdade, mas eu gostava da sua reação, como se estivesse tudo bem a gente flertar um pouco... — Não tem problema. Eu não vou te processar ou algo assim. — me encarou fixamente e aí um alarme tocou, interrompendo a sua brincadeira. — Ah, já está na hora. — Você faz vídeos? — perguntei curioso. Bastou me ouvir para que seus olhos avançarem para o meu rosto.. — Faço, você gosta? — me olhou interessado. — Eu acompanho alguns canais. — Os meus são bem populares, sabia? Se quiser pode ficar para assistir. — apontou para a sua poltrona. — Quem sabe você não vira um fã. Ele andou até o cenário e organizou suas câmeras. Eu tinha que admitir que estava bem curioso. Também era legal que no fim de tudo ele estava sendo gentil comigo. Me sentei na cadeira confortável que ele apontou para mim e o fiquei vendo organizar tudo. Ele tinha uma espécie de controle nas mãos, acho que servia para controlar o ângulo de cada câmera bem posicionada para o centro de seu cenário. Quando acabou, ele colocou uma máscara de renda preta sobre os olhos. Eu achava que lembrava uma raposa e isso deixava o seu rosto irreconhecível e um tanto erótico. — Olá, sentiram a minha falta? — ele sentou-se no chão e acenou para a câmera dando início ao que parecia ser uma live. Min Yoongi devia ser Youtuber, fazia sentido vendo aquela sala. Sobre o que devia ser o seu canal? Dildos? Ri internamente e uns barulhinhos de notificações inundaram o quarto, eram tantas. Eu acho que ele é realmente famoso. — Estão prontos para a história de hoje? Já sabem o que fazer, certo? Sejam generosos comigo. — riu de um jeitinho doce, nem parecia que comprava dildos na internet. Me ajeitei na cadeira, ainda tentando entender sobre o que eram as histórias que ele contava em uma live no Youtube e o que ser generoso queria dizer. Eu não entendia muito dessas coisas, mas nenhum canal que eu acompanhava se parecia com aquilo. Yoongi sentou-se sobre as suas pernas e a sua expressão se tornou um pouco mais sexy do que já era. Ele mordeu o seu lábio e começou a falar com um timbre erótico: — Lembram que eu falei que fazia um tempinho desde a última vez que transei com alguém? E, como sabem, eu fico louco sem sexo. — ele encarou o seu celular e riu de algo que tinha visto nele. — É, eu aposto que querem. — sua fala não fez sentido para mim, pelo visto ele tinha acesso aos comentários pelo celular. — Prosseguindo, eu comprei uma coisinha para me divertir sozinho. Acho que vocês vão gostar disso também. — assim que ele disse isso, sons repetidos de caixa registradora inundaram o quarto. Eu engoli em seco e comecei a ficar meio tenso. Ele ia falar mesmo sobre uma coisa tão íntima?! Quantos inscritos ele tinha e isso era permitido no Youtube? Mas sua atitude já explicava um pouco da sua reação à minha visita. — Eu estava esperando chegar há um tempinho, mas parece que o prédio fez uma tremenda confusão e mandou o meu pacote para um vizinho. Ele veio me entregar agora há pouco, bem a tempo de mostrar a vocês. — ele leu algo. — Sim, ele era bonito. — riu e me encarou, como se quisesse deixar claro que estavam falando sobre mim. — Mas eu quero mostrar minha nova aquisição. — sorriu e mostrou o objeto que eu tinha lhe entregue mais cedo para as câmeras. — Bonito, não é? Ele começou a esfregar o brinquedo nos lábios e a deslizar a sua língua também. Seu olhar era tão obsceno, principalmente quando ele encarou a câmera e agradeceu a alguém pela generosidade. — Devemos começar? — ele perguntou. E, de repente, Yoongi chutou os seus sapatos bem engraxados para fora dos pés, se ajoelhou e desafivelou o cinto com pressa. Ele abaixou as suas calças e a retirou por completo, como se eu não estivesse assistindo pessoalmente, fora todos os seus seguidores. Ele virou-se de costas e empinou sua b***a redondinha na direção da tela. Eu tremi quando ele começou a acariciá-la e a desferir algumas palmadas que deixavam suas nádegas avermelhadas, já que eram tão pálidas. Meu coração acelerou — uma reação natural para quem estava tão e******o — e eu apertei a mão entre as pernas, o assistindo atentamente. Talvez o seu canal não fosse no YouTube, mas eu não estava pensando muito nisso, pois tinha um estranho muito gostoso bem diante de mim, abaixando a sua cueca. O que o deixava apenas com as suas meias pretas, camisa branca e o malditamente sexy harness body que agora fazia todo sentido estar ali abraçando o seu corpo esguio. — Ele tem 23cm — voltou a falar sobre seu brinquedinho novo. — Eu vou precisar usar meus dedos antes já que faz um tempo que alguém cuida do meu corpo. — disse enfiando os dedos na boca, para ensopá-los com a sua saliva. Ele ainda estava de costas para a câmera, mas com o rosto virado para que pudéssemos ver toda a sua performance. Embora eu apostasse que, assim como eu, todos os seus espectadores estavam hipnotizados pela sua entrada pequena que se contraia forte e no momento em que eu me perguntei o que deixava aquele homem tão e******o, ele tirou os dedos da boca e esfregou no buraquinho rosado falando: — Eu já fiquei tão e******o. — sua voz exalava manha. — O meu corpo anda sensível e eu fico pensando em todos vocês batendo uma pra mim. — enfiou o seu dedo e o moveu bem para o fundo de si, se abrindo ainda mais. — Vamos fazer juntos. — gemeu provocando. O barulho de dinheiro caindo no caixa estava incessante e quanto mais Yoongi falava as suas provocações e metia os dedos dentro de si — ele já tinha três — mais barulhento ficava o lugar. — Vocês gostam disso? — gemeu, rebolando a b***a, após puxar os seus dedos delicadamente. Yoongi pegou o dildo e o molhou com um lubrificante cheiroso que chegou até mim, me atiçando ainda mais, e, enquanto esfregava o dildo na sua entrada e o empurrava para dentro gemendo, ele encarou a câmera e falou o que todos deviam estar pensando: — Eu sei que vocês queriam que fosse os seus paus… — e acrescentou. — Eu também queria. — riu malicioso. — Aposto que iam me f***r muito gostoso… Aaah! — ele segurou a lua rosa gravada na ponta do objeto e rebolou com ele todo dentro de si. Todos os malditos 23cm, que ele havia citado anteriormente, fodiam e alargavam o seu buraquinho que o engolia sem muita resistência. Será que era errado eu me masturbar aqui depois de ser tão provocado? Mordi a minha boca com força e tentei me controlar. Apertei o braço da poltrona com força, tentando manter as minhas mãos longe da minha ereção evidente. Yoongi virou-se de frente e sentou-se, abrindo bem as suas pernas, enquanto desabotoava a sua camisa e apertava os seus m*****s. Sem parar um segundo sequer de segurar e enfiar desesperadamente aquele dildo dentro de si. Eu estava prestes a perder o controle, quando ele gemeu alto e manhoso. Ele já nem dizia mais nada conexo, só gemia e fodia mais a sua entrada apertadinha. Foi quando aconteceu, sua p***a pouco espessa voou e caiu em cima da sua barriga. Suas pernas tremiam e a entrada ainda apertava o dildo dentro dela. Yoongi deslizou os dedos no g**o em sua barriga e os encarou. — Hmmm, p**a merda, eu já gozei. Estava tão gostoso! — olhou a câmera, ofegante, e passou a mão nos cabelos levemente úmidos de suor, enquanto lambia os dedos sujos com a sua p***a na outra mão. — Até a próxima. — acenou movendo os seus dedos e em seguida apertou um botão, encerrando a transmissão. Mas aquela performance não havia acabado ainda para mim. Enquanto os outros se deleitavam nas lembranças eróticas daquele homem se dando prazer, eu ainda podia ver o depois. O momento em que ele ergueu um pouco as suas pernas e removeu o dildo lentamente de dentro de si. Cada centímetro a menos, o fazia arfar baixinho e expor a sua entrada judiada. Ele estava ensopado ali e também estava um pouco avermelhado. Meus olhos atentos não deixavam nada passar desapercebido. Com o dildo molhado abandonado no chão, Yoongi ergueu os seus olhos para mim e sorriu, estacionando-o em minha ereção que pulsava dentro das minhas calças. — Eu ia perguntar, mas eu acho que você gostou. — É. — eu ainda estava sem palavras, apenas meus pensamentos estavam fumegando. Eu só vim entregar a sua correspondência e, de repente, esse homem super sexy se masturbou na minha frente, realizando o desejo que tive assim que o vi. O que eu devia falar ou fazer depois disso? — E-eu tenho que ir. — foi o que eu disse, igual a um i****a. Ele riu, confiante em seu efeito, dizendo que entendia. Eu me levantei, sem me despedir de verdade, e praticamente corri para fora daquele apartamento, pensando em como era vergonhoso ele saber o motivo da minha pressa.
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