CAPÍTULO 3: DIA 2: MAPEAMENTO PESSOAL PARTE 2: QUEM EU SOU DE VERDADE

1007 Words
Maia cumpriu o propósito do primeiro dia com muito amor e dedicação. E no dia seguinte a luz da manhã refletia na janela através das cortinas, mais forte agora, como se o sol soubesse que o segundo dia exigiria mais dela. Ela se sentou na cama com o caderno ainda ao lado, marcado pelo ponto de partida do dia anterior. Hoje a sua tarefa era descobrir quem ela era de verdade. Sem máscaras, sem desculpas. Ela respirou fundo, fechou os olhos e deixou as palavras fluírem do coração. Senhor, revela-me quem eu sou de verdade. Ajuda-me a despir as camadas de ilusão e a enfrentar minha essência com graça e verdade. Que eu possa me ver como Tu me vês, com amor incondicional, e que essa visão me impulsione para a transformação que planejas para mim. Amém. A oração pairou no ar, um convite para a honestidade. Ela abriu o caderno na página seguinte e, com a mesma caneta preta, anotou os versículos que pareciam ecoar diretamente de sua alma. Salmos 139:13-14 “Pois tu formaste o meu interior; tu me teceste no seio da minha mãe. Eu te louvo porque sou feito de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas, disso eu tenho plena certeza.” Mateus 5:13 "Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens." (Você é o sal da terra, com propósito de preservar e dar sabor ao mundo.) Mateus 5:14 "Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte." (Você é a luz do mundo, destinado a brilhar e iluminar.) Efésios 2:10 "Pois somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as pratiquemos." (Você é uma obra-prima de Deus, criada para um propósito específico.) 2 Coríntios 5:17 "Portanto, se alguém está em Cristo, é uma nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!" (Em Cristo, você é uma nova criação, livre do passado.) Ela leu cada um devagar, deixando que penetrasse como raízes em terra seca. Era hora de refletir. Ontem, o mapa havia ganhado um ponto de partida. Hoje, era tempo de traçar os contornos reais de si mesma. Quem era ela por trás das rotinas, das expectativas alheias, das mentiras que contava para si? Fisicamente, emocionalmente, mentalmente ,tudo precisava ser mapeado. Como um GPS que recalcula a rota só quando entende o terreno atual, ela precisava dessa verdade crua para vislumbrar o futuro. Não era julgamento; era libertação. Um desabafo para o melhor Amigo, que já sabia de tudo, mas esperava que ela dissesse em voz alta. No topo da página, ela escreveu a frase positiva do dia, repetindo até que se instalasse em seu peito: “Eu sou uma criação única e admirável de Deus, cheia de potencial e digna de amor incondicional, pronta para brilhar com o propósito que Ele planejou para mim.” Então, veio a gratidão. Ela dobrou um pequeno pedaço de papel para colocar no " Pote da Gratidão" e escreveu com cuidado: "Sou grata pela graça de descobrir quem sou de verdade, desvendando as camadas que Deus moldou com amor infinito, e pela paz que essa revelação traz ao meu coração.". Ela o dobrou e imaginou colocá-lo no pote mais tarde, um lembrete tangível de que a gratidão não era só palavras, mas um ato diário. Depois colocou o louvor de Voz da Verdade " Quem Sou " para ouvir e depois refletir naquela letra . Era hora do desafio, que era um desabafo íntimo com o melhor Amigo ( Jesus ). Ela reservou aquele momento de vulnerabilidade e honestidade profunda, inspirada na jornada de autoconhecimento que trilhava. Pegou uma folha solta do caderno, sentou-se no chão com as costas apoiadas na cama e imaginou que Jesus estava bem ao seu lado, pronto para ouvir sem julgar. Começou com uma oração breve: Senhor, ajuda-me a desabafar com honestidade, sabendo que Tu me ouves e me amas. Então, escreveu sobre seu estado atual, dividindo em três partes. Fisicamente: descreveu como seu corpo se sentia naquele dia , o cansaço nos ombros, as dores específicas nas costas de noites m*l dormidas, o peso extra que carregava, a falta de energia, a respiração curta, o sono interrompido, até a tensão sutil no pescoço e o batimento acelerado do coração em momentos de estresse. Emocionalmente: abriu o coração sobre o que se aninhava no peito, a tristeza persistente, as alegrias passageiras, os medos de não ser suficiente, a raiva contida, a gratidão esporádica, ou qualquer emoção que borbulhava. Deixou as lágrimas rolarem, parte essencial do processo. Mentalmente: contou sobre seus pensamentos, o redemoinho de ideias que girava sem parar, a clareza ocasional ou a névoa que obscurecia tudo, as preocupações que a consumiam, a ansiedade que acelerava o coração, ou os raros momentos de paz. Falou da saúde mental como se confidenciasse a um amigo que entendia cada nuance. Foi o mais detalhada e sincera possível, escrevendo como se conversasse diretamente com Jesus. Não editou nem censurou ninguém mais veria aquilo. Era um espaço sagrado entre ela e Deus. Quanto mais detalhes, mais libertador se tornava, ajudando a mapear quem ela era de verdade agora, para vislumbrar o que poderia se transformar no futuro. Finalizou com uma reflexão: após escrever, fechou os olhos por um minuto e sentiu o silêncio. Percebeu uma paz sutil surgindo, como um sinal de que Ele havia ouvido cada palavra. Guardou o papel em um lugar seguro, sabendo que o importante era o ato de desabafar. Lembrou-se: esse desafio não era sobre perfeição, mas sobre liberação. Ao final, sentiu-se mais leve, pronta para os próximos passos da metamorfose. Quem sabe, mais tarde, compartilharia em algum comentário anônimo como se sentiu, sem detalhes pessoais, apenas para inspirar outros. Ela fechou o caderno, o coração mais leve, mas ainda pulsando com a vulnerabilidade exposta. O que o dia traria agora?
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD