1

934 Words
Capítulo 1 Antonela narrando Eu observo Toco no telefone o tempo todo, ele andava de um lado para outro na sacada e eu me enrolo no lençol o encarando. Ele desliga a chamada e coloca o celular no bolso, ele entra para dentro do quarto e me ver parada o encarando. — O que é Antonela? – ele pergunta já no seu humor maravilhoso que já indicava que tinha acontecido algo. — Eu que te pergunto, tá cheio de marra, porque? — Problemas, sabe o que é isso? Não sabe, vive na vida de madame que eu te dou – ele já sai todo arrogante. — Baixa a bola ai Antonio – eu falo para ele e ele me encara. — Eu preciso ir resolver umas coisas ai. — O que está acontecendo? – eu pergunto para ele – anda nervoso de mais. — Depois da morte do Medrado – ele fala me encarando e se aproxima – a facção está me cobrando de mais por respostas. — Respostas do que? – eu pergunto — De tudo – ele fala – eles querem respostas de tudo. — Mas você é o dono desse morro. — Eu sou peixe pequeno comparado a eles. — Se você é peixe pequeno comparado a eles, é dono do morro e tem que obedecer as ordens dele, que graça tem ter o titulo de dono? Ele me encara pensativo e eu estreito os olhos para ele. — Não queira comer meu juízo esse horário com essas suas perguntas – ele fala – você sabe muito bem que você tem parcela de culpa. — Agora quer me colocar no meio? – eu pergunto para ele. — Você é minha fiel, sou totalmente fechamento com você e você sabe disso – ele fala me encarando – nós dois sabemos o que é que a gente esconde aqui dentro ou melhor, que eu projeto você. — Não queira jogar a culpa em mim – eu falo para ele. — Eu não estou jogando. – ele fala – estou sendo realista com você. — Não queira colocar a culpa em mim, pelas merdas que está fazendo aqui dentro , a facção nem sabe que eu existo e você sabe disso, se eles estão pegando no seu pé, é porque você anda aprontando com eles – eu falo para ele. – Você anda perdendo a linha de mais. — Eu preciso descer até a boca – ele fala – depois conversamos. Ele sai nervoso e eu vou até a sacada e vejo ele descendo, acendo meu baseado e estreito os olhos vendo ele todo nervoso dar ordens aos vapores. O que você anda aprontando seu filho da p**a? Capítulo 2 Nolasco Narrando Eu Acendo um baseado e olho para os meus companheiros, estava pensativo e pensando no que eu ia fazer para resolver essa situação toda do Toco. — E ai, o que vai fazer? – Ryan pergunta - os donos dos outros morros estão cobrando que resolva essa situação, o comédia do Toco está arrumando confusão fora do morro dele e não podemos aceitar isso. — Estou sabendo , mas ele é meu afilhado. — Mas está dando problema de mais – ele fala – primeiro foi a morte de Medrado durante uma invasão, agora o morro está só no comando dele. Ele tá afundando, logo vamos perder o Santa Marta para os vermes. Ai quero ver recuperar o morro depois, depois que a policia entrar, o negocio fica feio. — Você está certo – eu falo para ele – Liga para Toco, quero ele aqui, vamos cobrar ele das pendencias. — Vou fazer isso – ele fala – outra coisa, algo me diz que precisamos ficar de olho naquela fiel dele lá. — Antonela, o nome? – eu pergunto e ele assente. – está com cara de ser mais uma mulher de bandido, que gosta da vida boa, por enquanto vamos deixar ela fora, quero só ele. Ryan assente, ele sai de dentro do escritório para fazer a ligação para Toco, eu abro as contas bancárias vendo que o dinheiro estava entrando que nem água . Recebo ligação de Gomes, dono do morro da Rocinha. — Os canas acabaram de pegar a carga que vinha para ser distribuído entre os morros – ele fala – estava quase perto do alemão. — Filhos da p**a – eu falo – eles estão de olho em cada passo. — E agora? – ele pergunta — Quem é o comandante da operação? – eu pergunto — Marcelo – ele fala Marcelo Souza, sargento e comandante do Bop – ele fala. — Me manda as informações desse cara, quero tudo sobre a sua vida. — Vou providenciar e te envio – GOMES FALA. – tem outra coisa ai que tá pegando. — Fala. — Aquele comédia do teu afilhado Toco – ele fala – tá vindo para cima do território do meu morro, ele está esquecendo que a gente faz parte da mesma organização? O que ele quer com isso? — Vou resolver isso ainda hoje. — Resolve rápido – ele fala – aquele morro dele tá indo de m*l a pior, estamos recebendo comentários, que só ontem foram três vapores mortos. Ele tá colocando o terror lá dentro. Eu desligo a chamada e vou até a janela, observo Ryan dando o recado a toco, depois ele entra e me encara. — Ele está a caminho, reclamou da hora mas está a caminho – ele fala. — Vamos conversar com ele outra hora – eu falo – agora ele vai ter outro destino – ele me encara.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD