Cecilia Um frio percorreu minha espinha quando as intenções de Xavier se tornaram claras como água. Eu não era uma adolescente ingênua—a fome em seus olhos e a possessividade em sua voz deixavam óbvio o que ele queria. Dei um passo para trás, tentando fugir de seu hálito quente. "Pare de pensar besteiras!" Num só movimento, ele agarrou meu ombro e me puxou para mais perto. "Por que isso estaria errado? A polícia não pode se meter no que acontece entre parceiros." Sua voz era baixa, quase um rosnado. Eu me enrijeci, meu coração batendo forte contra as costelas. Pude sentir o cheiro dele—fumaça, couro e algo mais sombrio—muito próximo, muito intenso. "Eu não quero isso!" Eu gritei, empurrando seu peito. Minhas mãos estavam espalmadas contra ele, mas era como e

