Leozinho narrando Eu tô viciado nela. E nem é por sexo, nem é por cama, nem é por t***o, apesar de tudo isso estar entalado aqui dentro. É pior. É o toque. É o cheiro. É o jeito dela de falar meu nome. É quando ela passa a mão no cabelo e morde o canto da boca, sem perceber. É o jeito que ela disfarça o choro quando atendo a chamada de vídeo. Eu vejo. Ela acha que engana, mas eu já conheço cada tom da voz dela, cada curva daquele olhar. Quando tá triste, o olho dela fica mais vermelho do que a boca. E aí? Aí eu fico m*l. Fico sem chão. Me dá uma vontade louca de grudar nela. Não por mim. Nem por “nós”. Que nem existe, ainda. Mas por ela. Porque ela tá lutando contra ela mesma, todos os dias. E eu vejo. Eu vejo ela se reconstruindo. Se limpando da lama que aquele desgraçado jogou em

