Ellen narrando Falar com ele foi como tomar um soco no peito e, ao mesmo tempo, receber um cobertor em noite fria. Do outro lado da linha, o Coringa tinha aquela voz rouca, pesada, que atravessa o corpo. Só que, dessa vez, ela veio misturada com raiva, com dor… e com alguma coisa que eu não sei explicar, mas que mexeu comigo. “Não repete mais essa p***a de que é mulher de outro, Ellen. Senão eu taco fogo aqui dentro e nunca mais saio dessa cadeia.” A frase dele ficou martelando na minha cabeça mesmo depois que a ligação caiu. A forma como ele disse… não era só ciúmes. Era posse. Era fúria. Era descontrole. Mas também era sentimento. Era dele dizendo, do jeito torto e bruto que só ele sabe: “você é minha.” E eu? Por mais que a razão gritasse pra eu me afastar, por mais que eu tentass

