Ellen narrando A favela ainda tinha aquele cheiro de sangue, de guerra, aquele cheiro que doía na alma, e que me deixava ainda mais tensa A guerra do lado de fora tinha cessado, mas dentro de mim o caos continuava. Eu andava pela sala descalça, com a cabeça fervendo e o celular na mão. O Coringa tava jogado no sofá, de fuzil apoiado no canto, camisa suada, cabelo bagunçado, e o olhar ainda aceso como se não tivesse saído do front. Aquele homem… parecia feito de fogo. Eu parei na frente dele. — Gustavo… — chamei, com a voz baixa. Ele levantou os olhos tirando a atenção do celular e me encarou na hora. — Eu tenho mais informações sobre o Alexandre. Na mesma hora, o semblante dele mudou. O corpo, que tava relaxado, ficou tenso. Ele se ajeitou no sofá, os olhos firmes nos meus. — Fa

