Allana narrando Acordar com o cheiro do café e a mão pesada do Arcanjo alisando minha barriga já virou rotina. Só que hoje… hoje o coração tava batendo diferente. Era como se o dia tivesse nascido cheio de borboleta no estômago, e não era enjoo de gravidez, não. Era ansiedade pura, daquelas que dá nó na garganta e tremedeira nos dedos. — Acorda, mulher. Hoje é o dia, pô. Bora saber se eu vou comprar camisa do Flamengo rosa ou preta. Eu ri, mesmo com o olho ainda fechado. — Rosa ou preta nada. Vai ser do Vasco. — Sai fora, Alana. Tu vai traumatizar a criança logo no início da vida? A gente já começou o dia assim: na resenha, ele me zoando, eu dando tapa de leve no braço dele. Mas era só fachada. Por dentro, a gente tava igual dois adolescentes prestes a ver o resultado de uma prova d

