Coringa narrando - continuação — Tá vendo? É isso que eu gosto. Esse teu fogo. — Disse, respirando fundo, a respiração dela se misturando com a minha. — Não adianta tentar esconder, Ellen. — Você me conhece muito bem, né? — Ela falou, finalmente cedendo, a voz suave, rendida, enquanto eu ainda segurava as mãos dela, nossos corpos já colados, pele com pele. — Melhor que ninguém. — Afirmei, orgulhoso disso, orgulhoso de conhecer cada parte dela, cada gesto, cada mudança de humor, cada desejo escondido atrás de uma palavra não dita. Soltei as mãos dela e vi quando ela passou os braços ao redor do meu pescoço, me puxando pra mais perto. Eu tava ali, aproveitando o momento, quando o celular na cabeceira começou a vibrar sem parar. Uma, duas, três vezes. A Ellen parou o beijo e olhou pra e

