Capítulo 109

1422 Words

Leozinho narrando - continuação Hoje… hoje foi o dia. Depois de sete anos vendo o sol nascer entre as grades, o ferro abrir e fechar, o grito dos agentes mandando abaixar a cabeça, o barulho das trancas, dos chinelos arrastando no chão… hoje, pela primeira vez, eu ouvi meu nome sendo chamado… pra sair. — Leonardo da Silva! Junta tuas coisas aí. Tem alvará pra tu! Na hora eu nem acreditei. Fiquei parado, olhando pro agente com aquela cara de “tá zoando, né?”. Ele repetiu de novo, mais seco: — Tá surdo vagabundo 157? Vai logo antes que eu mude de ideia. Meus dedos tremiam. Eu fui pegando minhas coisas devagar, como se a qualquer momento alguém fosse gritar que era engano, que não era eu, que era outro Leonardo. Mas não era engano, não. Era eu mesmo. Ganhei meu alvará de soltura hoje

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD