Alexandre narrando Cheguei no meu escritório com o olhar em chamas. Abro a porta com força, bato ela atrás de mim e jogo a pasta sobre a mesa. Tudo naquele lugar me lembrava o quanto eu ainda não tinha vencido, e isso me corroía por dentro. O silêncio só era quebrado pelo barulho da minha respiração pesada. Tirei o paletó, afrouxei a gravata e fui direto até o barzinho no canto da sala. Enchi o copo de uísque até a metade, mesmo sendo dez da manhã. Dane-se. Me sentei na cadeira giratória, peguei uma das fichas de visita da pilha que estava sobre a mesa e comecei a folhear. Nome por nome, rosto por rosto, datas, horários, tudo. p**a. Vagabunda. Garota de programa. Mais uma. E mais uma. Tinha de tudo. Uma atrás da outra. O Coringa era tratado como rei lá dentro. Mas era a ficha da Ellen

