Arcanjo narrando
Saí de casa com um nó no peito. Não era só o barulho dos tiros, nem a adrenalina do confronto que já tava estourando no rádio… era ela. A Allana.
Ela veio atrás de mim enquanto eu vestia o colete, com os olhos marejados, segurando a barriga como se já quisesse proteger nosso filho do mundo lá fora. E veio com aquele pedido que me quebra inteiro, toda vez:
— Amor, por favor… volta pra mim. Volta pelo nosso bebê. Se protege, por favor. Eu tô com medo.
Eu parei. Respirei fundo. Dei um beijo no topo da cabeça dela e encostei minha testa na dela.
— Eu vou voltar, meu amor. Prometo. Eu nunca te deixaria sozinha nesse mundo. Nem você, nem nosso filho.
Ela fechou os olhos e assentiu com a cabeça, mas eu via que ela tava tentando ser forte por mim. E isso… isso doía. Doía m
