Capítulo 143

1476 Words

Juliana narrando Eu estava em chamas. Não de desejo, não de amor. De ódio. Da forma mais crua e irracional possível. O jeito que o Coringa me tratou… nem nos meus piores pesadelos eu imaginava aquilo. Ele nunca tinha me olhado daquele jeito. Nunca tinha me falado daquela forma. Eu fui jogada pra fora da favela feito um lixo, um verme, como se não valesse nada. Como se o que a gente viveu fosse vazio, descartável. Nós dois sempre tivemos uma conexão além da carne. Não era só sexo. Era química. Era intensidade. Era instinto. Cada vez que ele me puxava na cela, cada beijo bruto, cada gemido abafado contra a parede fria daquele presídio — tudo isso era nosso. Era único. E agora ele me trata como se eu fosse uma qualquer? Por quê? Porque tá casado? Casado. O Coringa. Casado. Isso n

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