Point of view Caroline
Há muito pouco tempo atrás, na época que começou a minha "afeição" pela minha atual namorada, eu havia pesquisado sobre o amor na internet. Não é que eu não sabia o que é o amor, mas eu queria entender mais sobre o assunto, me aprofundar na cultura romântica, por isso li muitas pesquisas sobre.
Ainda me lembro muito bem de algumas palavras usadas pelos colunistas das matérias. "Amor é um sentimento de carinho e demonstração de afeto que se desenvolve entre seres que possuem a capacidade de o demonstrar" isso estava no começo de uma.
'O amor motiva a necessidade de p******o e pode se manifestar de diferentes formas: amor materno ou paterno, amor entre irmãos (fraterno), amor físico, amor platônico, amor à vida, amor pela natureza, amor pelos animais, amor altruísta, amor próprio, e etc.' São muitos amores, alguns eu nem sabia nomear.
Com isso, eu pensei em Dayane, o que não é nenhuma novidade, pois penso nela durante praticamente todo o meu dia. Descobri que, além de "amor físico", podemos chamar de "amor Eros" o amor entre casais. "Sentimento que envolve uma forte ligação afetiva e, em geral, uma ligação de natureza s****l". Descobri também que existe três nomes para o amor: o amor Eros, que já falei, o philos, que é mais para a amizade, e o ágape, o que eu mais me interessei para aprender sobre.
Vocês devem estar achando que eu pirei, por de repente começar a pesquisar as definições e conceitos do amor, mas o que eu posso fazer? Apenas queria saber mais sobre o que eu estou sentindo por Dayane.
Amor ágape
- Baby? - por falar nela. - No que está pensando? - pergunta.
As aulas de hoje já haviam acabado, e nós estamos na quadra da escola, assistindo o treino de futebol de alguns alunos. Com "nós", eu quero dizer eu, Day, Thaylise, Álvaro e Bruno. Vitão é uma das pessoas que estão treinando hoje
Estamos sentados na arquibancada, Dayane está no degrau de cima, eu estava no debaixo, sentada entre as pernas dela. Thay estava ao lado de Day, observando atentamente o treino, ou melhor, observando o Vitão; ela acha que ninguém percebeu, mas eu percebi. Alvaro está sentado no degrau à baixo do meu e Bruno ao seu lado, os dois estão conversando. Porém já peguei Alvaro olhando para os meninos que estão correndo sem camisa pela quadra, podemos dizer que ele esteja babando os "jogadores", mas só até Bruno chamar sua atenção, dando um t**a na nuca do brasileiro.
- Hm? - murmuro erguendo minha cabeça, para que eu possa olha-la melhor.
Ela estava segurando minha mão direita, girando meu anel de compromisso sem tira-lo do meu dedo. É um gesto simbólico que já virou mania nossa, às vezes fazemos sem ao menos perceber.
- No que está pensando? - repetiu a pergunta. - Ficou calada de repente.
- Nenhuma novidade. - respondo dando de ombros. - Só no quanto eu amo você.
Ela me olha espantada, e eu, no primeiro momento, me sinto m*l por isso, por ter deixado escapar. Faz pouco mais de três semanas, quase um mês, que ela me pediu em namoro, e nunca havíamos falado um "eu te amo" uma para a outra, no máximo um "gosto de você" ou "estou apaixonada por você"; mas nunca um "eu te amo".
Será que estou indo rápida demais? Não, claro que não estou. Apenas falei o que estou sentindo, certo? Certo! Não é errado falar o que sente, ainda mais quando a pessoa é sua namorada!
Não é?
- Ih gente, quê quê isso ein, revelações bombásticas. - ouço a voz de Alvaro e olho para baixo, vendo o mesmo olhando para nós duas. Mostro meu dedo do meio para ele. - Não preciso, já tenho dois. - me mostra os dele. Reviro os olhos.
- Larga de ser enxerido, Alvaro. - Bruno o repreende. - Volta a fazer o que estava fazendo e deixa elas duas.
- Voltar a olhar esses machos gostosos sem camisa? Com todo prazer. - ele se vira para a frente, cruza as pernas, faz um bico, coloca um dedo nele e fica assim, enquanto olha para os meninos.
- Vai se fuder. - Bruno levanta de uma só vez e sai da quadra apressado, enquanto pisava duro.
- Mas gente, o que foi que eu fiz? - o brasileiro ri. Olho para ele com a sobrancelha arqueada e depois olho para onde o Bruno acabara de sair. - Tá bom. - levanta as mãos em forma de rendição e vai atrás do moreno.
Esses dois são uma graça. Todo mundo sabe que eles gostam um do outro, até eles mesmo, só não dão o primeiro passo. Eles já se pegaram algumas poucas de vezes, só que ninguém sabe disso. Bom, é o que o Álvaro pensa, porque o Bruno me contou no mesmo dia.
Meu melhor amigo morre de ciúmes do Alvaro, e esse segundo gosta de ver ele assim, tanto que faz essas coisas de proposito. Ou não. Enfim, não vejo a hora de eles ficarem juntos, como um casal.
- An... Carol. - voltando à realidade. - O que você disse foi... é... - ergo minha cabeça novamente.
- ... da boca para fora ou realmente verdade? - arrisco em completar sua pergunta.
- É... foi?
- Não, não foi. - confesso. Sento corretamente, de uma maneira que dê para eu olha-la melhor. - Eu amo você, Dayane! - afirmo.
- Ah, tá bom. Acho melhor eu sair daqui né? É, deu minha hora! Tchau, aproveitem.
Thaylise se levanta, deixando eu e Day sozinhas, não completamente sozinhas, pois tem algumas pessoas ali por perto, mas mesmo assim sozinhas.
Entenderam?
- Eu também te amo, Caroline. - a olho com um sorriso imenso no rosto. Suas bochechas estavam coradas, assim como a pontinha do seu nariz. Eram raras as vezes que eu via Dayane corada, e quando via, achava a coisa mais linda do mundo. Como se eu não pensasse isso sempre.
Meu coração errou uma batida ao ouvir isso saindo da boca dela. As famosas borboletas no estomago derem o ar da graça e um frio na barriga chegou junto dela. Levanto do degrau e subo para o dela, sentando no colo da mesma e a beijando, desejando que isso nunca acabe.
Sabe um dos nomes que podemos dar para o amor? O ágape que falei a alguns minutos atrás? Então, ele é o meu preferido, e é o que eu espero viver com ela ao meu lado! Esse termo é mais conhecido na biblia, e já li alguns textos que haviam essa palavra, do filosofo Platão, por exemplo.
"Ágape pode ser o amor que se doa, o amor incondicional, o amor que se entrega, genuíno, único e impossível de ser descrito com exatidão"
The End
or no...