Karan Amanda surge na sala com uma xícara de café e alguns biscoitos. Ela caminha na minha direção com uma graciosidade que me desconcerta completamente. O som de seus passos é quase imperceptível, mas cada movimento seu prende minha atenção como se o mundo ao redor tivesse silenciado. Quando nossos olhos se encontram, sinto como se algo dentro de mim perdesse o compasso, e minha respiração, desobediente, sai pesada e marcada. Sem querer, prendo a respiração, lutando contra o maldito hábito do meu corpo de me trair toda vez que ela está perto. — Pra você — diz séria, erguendo o café e os biscoitos na minha direção. Seu tom direto e sua expressão impenetrável são como um escudo. Forço um sorriso amistoso, tentando suavizar o momento, e aceito o que ela me oferece. Tomo a xícara e o pra

