Capitulo Um - Alice

1730 Words
Capítulo 1 — E posso saber o porquê não posso ficar na casa de Madson? — pergunto para meu irmão. Madson era minha melhor amiga. — Por eu eu mando aqui, e eu disse que não irá ficar lá. Da última vez que você falou que ia dormir lá, fui te buscar em uma festa cheia de machos te cercando. — Rodolfo, eu já tenho dezessete anos, poxa - digo me aproximando dele, e o ajudando a guarda sua roupa, pois amanhã ele iria viajar para França, a negócios. Ele me encarava com seus grandes olhos azuis, e eu me encolhi. — Sim, você disse certo, você tem dezessete anos, e deveria ter mais responsabilidade, e sua amiga também devia ter — Rodolfo diz — Ela é louca Alice, e vocês duas juntas não irá prestar. — Ah, então eu ficarei aqui sozinha? Nessa enorme casa? — pergunto me sentando em sua poltrona e cruzando os braços. — Por que eu não posso ir com você? Minhas férias já estão chegando, falta apenas uma semana para chegar, e eu posso perder essa semana. — Eu já disse que você não vai. Vou para trabalho Alice, e não para me divertir — ele diz indo para o banheiro e pegando suas coisas de higiene. — Ah, você é um chato sabia? — falo — Sinto falta de mamãe, se ela estivesse aqui... — Para Alice! — Rodolfo grita comigo, e eu me assusto — Ela não está aqui, então para. O vagabundo do nosso pai nos largou, então sou eu e você, e eu estou te criando como uma filha desde que você era pequena, então não enche meu saco. Eu ainda vou ver onde você ficará, agora se me der licença, saia do quarto por que quero arrumar minha mala em paz! — diz e meus olhos se enchem de lágrimas. Saiu do quarto com raiva, e triste também. Não culpo Rodolfo, desde de que Mamãe morreu, e papai foi embora com uma p**a qualquer, Rodolfo mudou muito. Ele é mais responsável, maduro de mais, e cuida de mim como se eu fosse uma filha. Corro para meu quarto e me jogo na cama, pegando meu celular e ligando para Medson. Ligação Medson — Oi, então, ele deixou? — Medson pergunta esperançosa. — Não, ele não confia em nós duas juntas — reviro os olhos. — Nossa, ele me ofendeu — Madson fala e é impossível não rir — Ele me chamou de irresponsável? — pergunta. —Sim, nos chamou de irresponsável — digo e dou um suspiro — Não sei a onde vou ficar — fecho os olhos — Espero que seja em um lugar legal apesar de eu e Rodrigo sermos sozinhos, sem família, Rodolfo tem bons amigos, e amigos de família, talvez ele queria me mandar pra casa de algum deles, só não sei qual — digo. — Ah, mas enquanto ele estiver fora, a gente pode da uma saidinha né? Escondidas mesmo. O que acha? — ela pergunta — Vamos ver amiga, não gosto de brincar com a paciência de Rodolfo, ele é meio estressado. — digo. -Um gato muito estressado. Madson babava em Rodolfo, e eu não a culpo, meu irmão era um gato. — Haha — rio pra ela — Gato mesmo. — Ah amiga, então depois eu te ligo pra saber em qual casa você irá ficar. — ela fala e concordo, desligando e colocando o celular na cabeceira de meu quarto. Madson tinha a mesma idade que eu. Ela sempre foi minha amiga, nos conhecemos desde sempre, pois os pais de Madson eram amigos de meus pais. Madson é toda louca, retardada, e ela me ensinou a ser assim também. Lembro-me que no início, eu era tão calada, tímida, e com a morte de mamãe fiquei tão fraca, mas, a Medson me ajudou a se soltar. Por fora, eu posso ser louca, desbocada, perturbada, toda doidinha, me faço de forte, mas por dentro sou fraca. Mas, deixando essa tristeza e melancolia de lado, pois não suporto isso, caminho para minha gaveta onde puxo uma roupa para dormir, e sem querer, uma foto cai. Me abaixo e sorrio ao ver que era Lorenzzo, o melhor amigo e sócio de meu irmão. Era um gato, maravilhoso, e eu uma i****a com essa minha paixonite impossível, pois ele tinha trinta anos Ele era perfeito, acho que ele tinha as mulheres mais lindas aos seus pés. Lorenzzo quase sempre vem aqui, falar de negócios apenas, e nunca fala comigo e nem me olha. Confesso que já fiquei passando na frente dele umas dez vezes, mas o cara é difícil pra caramba. Escuto uma batida na porta. — Entra! — grito guardando a foto de Lorenzzo, bem escondido, pois se Rodolfo ver, não quero nem imaginar o que ele podo fazer. Primeiro que ele Já ai pensar logo um monte de besteira. — Oi — Rodolfo entra no quarto, e se aproxima, sentando na cama. — O que foi? — pergunto ainda com raiva dele. — Desculpa, tá? — diz — É que você é m*l criada Alice, parece que gosta de testar a pouca paciência que tenho. Não quero ir viajar amanhã brigado com você. Se não te deixo ficar na casa de Madson, é por que não confio em vocês duas juntas, e por que quero cuidar de você. Você é a única coisa que eu tenho — diz, e meus olhos se enchem de lágrimas. Rodolfo não é do tipo carinhoso, mas quando ele fala essas coisas, toca lá na alma. O abraço forte. — Tá, só que eu não gosto quando você me trata como uma criança. — Se você não agisse como uma, eu não a trataria — Ele diz. — Tá, você resolveu onde vou ficar ? — pergunto me separando dele. — Pensei bem, e não vejo pessoa melhor que meu amigo Lorenzzo, ele é responsável, e tenho certeza que te colocará na linha caso você queria dar uma de espertinha. Eu quase caiu de costa. O que? Vou ficar na casa do gostosão lá? Foi impossível não sorri. — Sério? — pergunto. — É! Por que está rindo? — ele pergunta e eu trato de mudar a cara. —Ele deve ser um chato, quando vem aqui nem comigo fala, e tem aquela cara de enjoado — minto para despistar aquela cara de apaixonada que fiz. — Vai ser terrível. Rodolfo sorri. — Então tá perfeito — diz levantando. — Vou dormir, amanhã meu vôo é cedo. — Você já falou com o senhor m*l humorado, lá? — pergunta me referindo a Lorenzzo. — Já, ele quase não aceita, mas eu tive que implorar pra aquele filho da mãe Que? Ele não me queria lá? Então ele deve me odiar, só pode. Mas, eu nunca fiz nada pra ele. Será que dou muito na cara? Mordo os lábios. — Já não gosto dele — minto novamente e Rodolfo ri, saindo do quarto. Meu sorriso vai até a orelha. — Ah Lorenzzo, iremos nos dar muito bem — digo sorrindo maliciosamente. Acabei dormindo, e acordei sorrindo. Me levanto, tomo banho e arrumo minha mini mala que irei levar. Estou super ansiosa. Nunca Lorenzzo falou comigo, quase nunca escuto sua voz. Desci as escadas e me sento na cadeira, com o café já arrumada. — Bom dia — digo e Rodolfo apenas me olha. — Tá feliz de mais pro meu gosto. — diz. — Será que eu não posso nem ficar feliz? — pergunto cortando o pão. — Daqui a pouco estou indo — diz olhando no relógio — Eu vou te levar para a casa de Lorenzzo, e conversar com ele também. —Não precisa não, eu vou no carro. — Você não tem carteira — ele diz. — Mas, eu sei andar e temos vários carros aqui em casa. Por que eu não posso ficar com um? —Por que o seu irmão aqui, não está nem louco em deixar um carro na mão de uma louca — ele limpa a boca e se levanta. — Comi logo, já quero ir — diz sorrindo de lado e eu dou a língua pra ele. Apesar de tudo, eu amo esse meu irmão, pois ele faz tudo por mim, e eu faria tudo por ele. Rodolfo é um gato. Eu vivo recebendo mensagem de meninas pedindo pra ficar com ele, ou o número dele. Já até quebrei um celular antigo meu, de tanta mensagem que tava chegando. Escovei os dentes e fui na cozinha da um beijo em Silva, que ajudou Lorenzzo a cuidar de mim. Ela era quase uma mãe pra mim, e eu a amava muito. Desde a morte de mamãe, ela me cria como uma filha, porém Silva tem sua casa e seus próprios filhos. — Eu poderia ficar aqui com você, mas Rodolfo disse que você deixaria eu sair, por que você me mima de mais — digo e ela ri. — É mentira dela Silva — Rodolfo entra na cozinha e a abraça — Volto em um mês. — Vá com Deus meu filho — ela diz arrumando a gravata dele. — Vou só deixar essa pestinha na casa de um amigo. Ela ficará lá. — Tudo bem, vamos — digo já apressada para chegar. Nos despedimos mais uma vez de Silva, e pego minha malinha na mão. Entro no carro de Rodolfo, e seguimos para a casa do gostosão lá. Rodolfo e o gostosão de Lorenzzo, são sócios em uma empresa de propagandas de tudo o que é marca. Meu irmão ganha muito dinheiro, e temos sempre o do bom e do melhor. Rodolfo trabalha dignamente, nada mais justo. O Lorenzzo, já escutei que ele além da empresa junto com meu irmão, tem uma outra empresa só dele, que também meche com propagandas. Chegamos em um apartamento lindo e enorme. Rodolfo sai do carro e pega minha malinha não mão. Seguindo para o elevador, onde chegou no último andar e saímos. Seguimos para a última porta, onde Rodolfo bate a campa, e não demorou muito para aporta abrir, e o gostosão aparecer. — Iai amigo? — os dois apertam as mãos. Lorenzzo olha para mim, com aquele olhar quente, misterioso e sério. — Oi, Lorenzzo — digo o olhando com carinha de santa. Te prepara Lorenzzo, agora é só nós dois durante um mês.
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