Capítulo 39 MARINA NARRANDO 👷🏽♀️ Eu nunca senti tanta vergonha na minha vida quanto agora. O aperto do Malvadão ainda ardia no meu maxilar, mas a dor maior era a humilhação. Na frente de todo mundo. No meio do pagode. Me senti pequena. Miúda. Invisível. — Vem, Mari, deixa eu ver teu rosto — a voz do Sinistro me alcança, baixa, mas cheia de cuidado. Eu olho pra ele e desabo. As lágrimas escorrem e nem tento segurar. — Eu tenho um barraco aqui no morro, bora lá passar alguma coisa nessa cara. Não chora não, por favor. — Se eu sair daqui, ele vai me bater mais, melhor não. — confesso, com medo até da sombra dele. — Fica tranquila. Eu resolvo com ele. Vem comigo. Só vamos passar algo para aliviar. Ele vai na frente e eu sigo, com os olhos ainda molhados, tentando não parecer ainda m

