Capítulo 41 ARCANJO NARRANDO O carro ainda estava ligado quando ela desceu. A porta bateu devagar, mas dentro de mim parecia um estrondo. Fiquei parado, as mãos firmes no volante, olhando para frente e revivendo cada segundo que tinha acabado de acontecer entre nós. O corpo dela ainda parecia grudado ao meu, o gosto dela ainda estava na minha boca, o cheiro impregnado na minha pele. Eu sabia que não deveria ter feito isso. p***a, eu sabia. Renatinha… cabelo de fogo, sorriso que me desmonta... Caralho! Eu não deveria ter ficado com ela hoje! Porra! — Que merda, Arcanjo… — murmurei sozinho, batendo a mão no volante. Respirei fundo, apertei os olhos e peguei o celular no bolso. A tela iluminou meu rosto no escuro do carro. Rolei a lista de contatos até encontrar o nome dela: Helô

