Capítulo 130 MAGUIM NARRANDO Desde que ela chegou nessa empresa, alguma coisa em mim despertou. Não foi só o corpo esguio, os olhos atentos, o jeito quieto… Foi a combinação. A inteligência nos olhos, a postura firme, a educação impecável. Marina — ou Mari, como ouvi alguém chamar no corredor — não é só bonita. Ela é magnética. Tem algo nela que prende. Um quê de inocência misturado com uma firmeza que instiga. Dá vontade de descobrir mais. De tirar as camadas. Eu, que sempre fui prático, direto, eficiente — do tipo que separa bem vida pessoal da profissional — me vi cada vez mais curioso. Comecei a notar que meu café só fazia sentido quando era ela quem servia. Que os relatórios dela eram sempre os primeiros que eu lia. Que os passos dela, mesmo silenciosos, faziam mais barulho dentro

