Capítulo 8 MARINA NARRANDO 👷🏼♀️ 2 meses depois ... São dias... ou meses... já nem sei mais. O tempo parou desde aquele dia. Às vezes, fecho os olhos e tudo volta. Como um filme que eu não consigo pausar, muito menos apagar. Flashback on. Eu estava aqui, parada, imóvel. De frente ao caixão da minha mãe. Minha mãe. Meu mundo. Minha referência. Meu abrigo. A lembrança da televisão ficou ligada o dia todo. Aquelas imagens repetidas, a chamada fria do jornal: "Funcionária exemplar, Helena Vasconcelos, morre durante assalto ao banco." As palavras ecoavam na minha cabeça como tiros. Não podia ser. Não com ela. Não com a minha mãe. Eu gritei, chorei, me desesperei. Mas ninguém podia me ouvir, porque a dor que eu sentia não saía pela boca. ela corroía por dentro, silenciosa e

