Capítulo 1 - Bernard

1079 Words
- Você morreu sem nem pagar por tudo que me fez- dou mais uma tragada no cigarro- Fique tranquila Inês, sua filha vai pagar por seus pecados. Atiro o toco de cigarro em frente à lápide de minha antiga prometida. Sigo para meu carro. - Vamos para onde?- Martin me pergunta. - Para a casa dos Sinclair- respondo. - Vai prosseguir com essa loucura mesmo? - As vezes você esquece que apesar de seu amigo, ainda sou seu chefe- digo irritado. Por fim Martin obedece minha ordem e dirige para a casa do Sinclair. - Consegui o relatório sobre a garota- Martin fala durante o caminho. - Sabendo onde ela vive já me basta. - Ela vai ser sua esposa, devia saber algo sobre ela- apenas o ignoro- De qualquer jeito deixei em sua mesa no escritório- ele completa. Os Sinclair dominam os cassinos e apostas em Mônoco, é uma família mafiosa pequena mais muito poderosa, desde a morte de Jordan, antigo dom, não visito a família. Não demora muito tempo para adentrar as porta do escritório de Jacques. - Prazer em tê-lo em minha casa dom- ele me recebe. - Vim tratar de um assunto importante - digo. - Vamos nos sentar- ele aponta para as proltronas. Nos sentamos, enqunto Martin fica em pé do meu lado. - Pode falar Lynch. - Sua família me deve uma noiva- falo seco. - Não n**o o que minha irmã fez, manchou seu nome e o da minha família- ele suspira- Só que não temos nenhuma mulher solteira em idade de casar, posso te dar a mão de minha filha mas ela acabou de completar... - Vocês tem sim- o interrompo- Como é mesmo o nome da garota? - Emma- Martin responde. Jacques fica pálido. - Não temos ninguém na família com esse nome. Dou uma gargalhada sarcástica. - Chegou à mim a informação que o bebê que Inês carregava daquele bastardo russo não morreu no parto, é uma garota que agora tem vinte três anos. Não precisa mais fingir, eu sei de tudo. Jacques fica algum tempo em silêncio. - Ela não tem mais ligação com nossa família faz alguns anos... - Sei disso também- corto mais uma vez- Vim fazer uma proposta de casamento, só preciso que diga sim. Sua família me deve uma noiva, me dando ela sua dívida está paga. - Está bem Lynch, vou mandar procurar Emma e a trazer para casa, aí fazemos os preparativos do casamento- Jacques diz. - Não,vou pega-la eu mesmo- dou um meio sorriso- Te comunico do casamento. Foi um prazer te ver- me despeço. No outro dia me dirijo para uma cidadezinha no interior da França, onde segundo os relatórios Emma vive à alguns anos. Pelo jeito ser fruto de uma aventura da mãe não gerou uma vida confortável para a garota. Pensava que Inês e seu bebê bastardo tinham morrido no parto, era a versão da história que a família Sinclair tinha contado ao mundo, isso me gerou uma raiva minha antiga prometida tinha morrido sem eu ter uma chance de me vingar. Quando descobri que o bebê estava vivo, o destino tinha me dado um presente, poderia ter minha vingança. Mesmo com Inês morta sua filha pagaria por ela. - Bernard, qual o seu plano?- Martin pergunta- Duvido que a garota venha com você. - É exatamente isso que pretendo- Martin me olha sem entender nada- Emma virá comigo por vontade, irei conquistar a garota e depois que ela me der seu coração vou quebra-lo em pedacinho. Farei ela sofrer, depois vou tornar a vida dela num inferno. Ela terá que ser fiel e cumprir suas obrigações de esposa, e afinal preciso de um filho homem. - Você está parecendo um louco- Martin resmunga. Entramos na confeitaria onde Emma trabalha, um lugar bem pequeno. Sentamos numa mesa, eu e Martin, começo a mexer no celular vendo algumas mensagens do trabalho. - Boa tarde- escuto uma voz calma- Posso anotar o pedido dos senhores? - Precisamos conversar com você senhorita Sinclair- Martin fala. - Não posso estou em horário de serviço- a garota responde. - Tem dois jeitos de fazer isso- Martin diz- Prefiro que seja do jeito fácil. Martin se retira, e a garota senta à minha frente. Quando abaixo o celular, vejo uma garota ruiva de cabelos longos sentada à minha frente. A primeira impressão que ela me causa é de um flor jovem, sua pele é bonita com tons rosados nas bochechas, olhos de um marrom quentes, mas no físico nada me chama atenção. Ela não lembra em nada Inês, nem o bastardo russo. - Emma Sinclair- ela revira os olhos ao ouvir seu nome completo- Sabe quem eu sou? - Deveria saber?- ela devolve. - Sou Bernard Lynch- seus olhos mostram espanto- Pelo menos já ouviu falar de mim. - Bem mais do que queria- ela resmunga- A que devo a honra de ser procurada pelo "Governante da Sombras". - Sua mãe era minha noiva. - Pode ter certeza que sei disso, se veio se vingar chegou atrasado ela morreu faz seis anos. - Vim buscar minha querida noiva- ela me olha com uma cara de repulsa- Sua família me devia uma noiva e me deram sua mão como pagamento da dívida. - Aqueles putos* arrombados*- esbraveja- Vai me amarrar e me sequestrar?- Emma debocha. - Não sou um homens das cavernas querida. Vim te buscar e você vira comigo por vontade própria. Não sou um homem de forçar a mulher. - Já pensou pela sua cabeça que você tem idade pra ser meu pai, e não sou uma donzela da máfia que vai acatar suas ordens. - Está me chamando de velho? Isso fere meus sentimentos. - Se a palavra velha te incomoda posso te chamar de terceira idade. Essa garota tem audácia. - O vinho quanto mais velho melhora seu sabor e mais valorizado fica - digo malicioso. - Uma pena que não tomo vinho, então não me interessa. - Você virá comigo para Paris Emma, por sua vontade. Se casará comigo e me dará uma filho. - Te aconselho a esperar sentado para não cansar- ela se levanta da mesa e vai para a cozinha. Emma. Emma. Emma. Não vou te levar à força comigo, você vai fazer tudo por escolha própria, vai caminhar para meus braços com seus próprios pés, assim o golpe vai ser mais c***l. Não vou te obrigar a vir comigo, mas nunca falei que jogaria limpo.
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