Alexei Dragunov A manhã chegou, fria e silenciosa, como se o próprio universo estivesse se preparando para o momento que viria. Sentado em minha poltrona de couro, observei o relógio na parede. O tempo parecia arrastar-se, mas minha mente estava a mil. Paolo Marino... Não, Paolo Dragunov, segundo ele. A simples ideia de que aquele jovem era meu filho me deixou inquieto, algo raro para mim. Sempre fui um homem frio, impenetrável. Mas agora? Agora eu encarava a possibilidade de uma verdade que poderia mudar tudo. Paolo estava no salão principal, cercado pelos meus homens. Sempre de cabeça erguida, como se tivesse algo a provar. Ele tinha coragem, disso eu não podia duvidar. Mas coragem não bastava para sobreviver no mundo em que vivíamos. Hoje, a verdade seria testada. Levantei-me e ajeit

