CAPITULO 43
EDUARDA NARRANDO
A gente saiu do barraco num silêncio diferente. Não era mais aquele silêncio tenso de briga. Era outro. Um silêncio de pausa. De quem ainda tava digerindo tudo, mas, no fundo… já tinha baixado as armas.
O sol batia forte lá fora, e o calor do asfalto subia feito vapor, mas mesmo assim… parecia que o clima entre a gente tinha refrescado. Caminhamos juntos até o carro. Eu de um lado, ele do outro, e por um segundo eu fiquei meio sem saber como agir.
Quando ele parou ao lado da porta, fui logo me aproximando pra ajudar ele a entrar. Era automático. Quis mostrar cuidado, presença… mas ele levantou a mão, cortando minha intenção com aquele olhar firme de sempre.
— Eu não preciso de ajuda — disse, seco.
Assenti devagar, mordendo o canto do lábio. Respirei fundo
