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768 Words
Capítulo 3 Mauro narrando Eu chego no hospital e Ravi está dormindo no bercinho do quarto, eu entro e me aproximo de Leila e dou um beijo em sua testa. — Como ele está? — O médico disse que parece ser apenas uma gripe – ela suspira – eu nunca saio e quando eu saio acontece isso. — Não é sua culpa. – ela me encara — Eu não deveria ter deixado ele sozinho. — Você se cobra de mais Leila – eu falo para ela. – você é presente na vida dele e da Alice 24h por dia e mesmo quando você estava trabalhando na delegacia, você também era, você é uma excelente mãe – ela abre um sorriso. – Cuidou da nossa pequena mesmo quando eu me dividia entre aqui e o Brasil, você não tem que se cobrar tanto. — Obrigada por você ser o melhor marido do mundo – ela fala me beijando e eu correspondo o seu beijo e abraço ela. — Você comeu algo? — Estou sem fome – ela suspira – eu espero que ele fique bom até a viagem. — Ele vai ficar sim. — Eu recebi o e-mail e preciso me apresentar na delegacia. — Eu acho que você deveria voltar – eu respondo e ela me encara. — Eles querem me dar outra delegacia que não tenha nada haver com os morros. — Isso eu acho que você tem que ficar distante mesmo – eu falo pensando nos meus negócios com Lk – você já sofreu muito em operações lá, tem que ficar em algo mais tranquilo. — Eu acho que vou voltar. — Eu vou está mais por casa, vou poder ajudar no seu retorno ao trabalho e com as crianças, até porque somos uma equipe, não é? – ela sorri e eu passo a mão em seu rosto – eu jamais vou esquecer todo apoio que você me deu para que eu ficase aqui fazendo minha pós, então eu vou te apoiar em tudo também. — Eu amo você – ela fala — Eu também. — Vai comer algo, eu fico com Ravi. — Tem uma lanchonete aqui embaixo – ela fala – eu já volto. — Ok. Leila sai do quarto e eu passo a mão pelos cabelinhos de Ravi, ele dormia tranquilo no berço, ele era uma criança calma bem ao contrário de Alice, não dava trabalho nenhum e era super apegado a mim e confesso que era muito apegado nele e na Alice também. Eu tento ligar para Lisandra mas o telefone dar o tempo todo desligado e na caixa postal, deixo diversos recados mas nada dela retornar ou que eles chegue, o telefone do salão também nem chamava, falta algumas semanas para a gente ir embora e confesso que tudo que eu não queria era que a Lisandra tivesse descoberto a verdade. Meu celular toca e era Lk. — Mauro? – ele pergunta – Pode falar. — Posso – eu respondo – estou no hospital com meu filho, mas ele está dormindo. — Tudo bem? — Sim, ele está melhorando – eu respondo — Eu vou te enviar as fotos do espaço, já está tudo pronto. — Já? — Sim – ele fala e eu abro um sorriso – quando você retornar já vai estar cheio de peças para você enviar para o exterior. — Eu já arrumei os compradores aqui, já está tudo no esquema Lucas – eu respondo – eu vou te enviar a relação das principais peças que preciso, para envio imediato assim que eu chegar no Brasil. — Me envia, que eu já vou providenciar – ele fala – está tudo muito bem planejado e imbatível. — Eu confio em você. – eu respondo — Fico aguardando a sua relação. — Eu vou tentar enviar agora – eu falo e desligo a chamada. Eu me sento no sofá e olho para Ravi que continua dormindo, eu mando por mensagem todas as peças que eu já tinha encomenda e que venderia imediatamente, ele me responde com um certinho e eu guardo o celular quando Leila entra. — Trouxe um café para você – eu sorrio para ela. — Obrigado, senta aqui – eu falo me levantando — Não precisa. — Sim, precisa. Você precisa descansar – eu falo – eu fico de olho nele, você pode até ir para casa. — Não, eu não vou sair do lado do meu filho, vai você. — Eu também não vou sair daqui. Alice está bem com a babá, Ravi precisa de nós – eu falo e ela assente com a cabeça.
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