Aurea:
---- Vc está bem? Está muito quieta... perguntou Anne me encarando.
---- Derepente não me sinto bem. Acho que vou para ... Me levanto da cama. Onde estavamos sentadas.
---- Quer ajuda? Eu posso pedir para o Edan te levar... a sua expressã mostrava claramente que estava preocupada.
---- Não. tá tudo bem. Perfiro caminhar mesmo... aviso tentando ter um momento a sós comigo mesma. Eu precisava disso, precisava relaxar.
---- Sabe que eu não gosto, que vc ande sozinha. Muito menos a noite... seu olhar passar pelo quarto até que recai no calendário ao lado do seu guarda roupa. Ela finalmente entende o porque da minha pressa.
E então antes que pudesse dizer alguma coisa a interrompo.
---- Tá tudo bem Anne eu vou ficar bem, já faz anos que eles se foram e eu estou a aprender a lidar com isso... tento acalmá-la.
Eu estava bem. Eu estou bem. E vou ficar bem. Repito para mim mesma como se fosse um mantra.
---- Mesmo assim eu ia ficar mais tranquila se passasse a noite aqui. Não quero que fique sozinha lá... olho para ela novamente, estava sentada na cama com o olhar triste voltado para mim.
---- Eu prefiro, estar em casa nesse dia. Eu vou ficar bem, tenho os meus remédios, e sei que se precisar eu posso ligar para vc... digo com o tom calmo tentando passar a minha tranquilidade.
Anne fecha os olhos e suspira auto, e faz um jesto de negação com a cabeça entendendo que eu não vou mudar de ideas.
---- Está bem. Mas se precisar de qualquer coisa, por favor ligue, não exite em ligar, não quero que pense que está sozinha nessa Aurea, somos irmãs e não quero que passe por isso sozinha...
Confirmo com um jesto de cabeça, e me despeço dela. Anne é minha melhor amiga, desde que me lembro, e sempre esteve lá para mim, seja me protegendo ou dando apoio em momentos difíceis e em algumas vezes tirando saco de mim por ainda dormir com luzes acesas. Ela não entende porque mas eu prefiro que ela continue sem saber o porquê de dormir com as luzes ligadas. E eu, sempre estive ao lado dela, era como se ela sempre tivesse feito parte da minha família. O que era estranho já que ela literalmente, se jogou na minha frente na primeira vês que nos vimos, e disse que só sairia da frente se eu fosse sua amiga. Na época eu meio que não interagia bem com as pessoas, nem com os meus colegas de turma, nem com as crianças do bairro, muito menos com aquelas que diziam querer ser minhas amigas, era muito difícil fazer amigos para mim, não por ser tímida, mas porque não conseguia me encaixar no mundo que me rodeiava. Até porque enquanto as crianças normais brincavam com brinquedos eu preferia passar o meu tempo dentro da floresta obcervando as árvores e a natureza ao meu redor era todo tão lindo e tranquilo, que chegava a parecer que tinha vida, que o mexer das folhas era o pulsar de um coração, e o vento fresco batendo nos galhos era a sua respiração, por isso não interagia muito com as crianças da minha idade, elas me achavam estranha por gostar de estar dentro da floresta. Mas ainda assim Anne se jogou na minha frente enquanto eu voltava para casa, e ameasou não sair se eu não me tornasse sua amiga. A princípio eu achava meio chata e esquisita, e nunca liguei o bastante para ficar e falar com ela, afinal de contas eu podia simplismente contornar o seu corpo jogado no chão, ou passar para a outra fase da rua. Mas isso nunca á impedio e como um demónio perseguidor, ela voltou o dia seguinte no mesmo local. E outra vez no dia seguinte e no seguinte-- minha nossa ela era realmente muito chata-- e só parou quando eu finalmente aceitei ser sua amiga.
A princípio ela ficava sempre no meu pé, querendo me proteger de tudo e de todos até das formirgas ela me protegia. Nunca entendi sua mania de p******o. Mas com o passar do tempo eu aprendi a adorar esse seu lado protetor, o que me fez gostar de todas as suas partes chatas e esquisitas. Afinal de contas ela era uma desajustada tal como eu. O que facilmente se tornou a ancora da nossa amizade.
O seu apartamento era bastante próximo ao meu então não demorou muito para que eu chegasse a rua onde estava a minha casa.
Casa. Que palavra estranha. Como é que as pessoas normais definem lar? Acho que o local onde estão todas as pessoas que nós mais amamos estão presentes, nos esperendo voltar para casa. Éh. Acho que essa é uma definição muito bonita de lar. Algo que eu nunca mais terei. Um lar.
Suspiro fundo pensativa enquanto estou parada na frente do apartamento onde eu morava. O prédio era médio, sem muitas janelas com uma porta metálica que dava ao interior da casa, aquela casa mais parecia assombrada que outra coisa, mas não posso reclamar é o que o meu trabalho de meio período em um lanchonete consegue pagar. Ao seu redor tinha um monte de casas que se alinhavam como se fossem engolir a pequena residência com apenas duas moradias e apesar de ser um local simples e humilde, estava localizado no melhor bairo da Florida, o que era um grande benefício pois a casa fica proximo do meu trabalho. O que era uma mas valia já que eu não precisaria gastar dinheiro com transportes.
Assim que passo pelo portão principal vou subindo escada acima até a minha parte da residência, e quando entro me dou de caras com a solidão da minha sala, com o sofa metade cama metade sofa onde eu dormia cheio de roupas por cima e outas espalhadas pela sala, a cozinha cheia de louça na pia e a única planta que havia na casa que trazia um pouco de paz e alegria a casa morreu, suas folhas castanhas e mortas fazendo um grande contraste com as paredes em um tom que no passado pareceu ser verde e que agora parece mais feita de musgo que outra coisa. Éh é mesmo meio triste estar sozinha aqui.
Em meio a confusão da sala, consigo pegar algumas roupas limpas. E não me perguntem como é que eu sei que elas estão limpas. Eu apenas sei.
Quando saio do banho, vou direitamente para cama e me esforço para dormir logo. Quero que esse dia termine logo. Quero me esquecer de tudo e finalmente descansar....
---- Filha vc tem que viver... sua voz é como um susurro em meio a escuridão envolta no quarto, mas também tão doce como a primeveira.
---- Mãe? Cade o papai? Perguntei enquanto as paredes do quarto se tornavam brancas como por magia o que possoblitava a minha visão que estava voltada para a mulher de cabelos negros corpo magro como se estivesse dias sem comer, pele n***a que constratava com seu vestido branco que sai voando com o vento, ela era linda e apesar de estar de costas para mim, eu consigo sentir suas lagrimas cairem. Sinto cada gota queimando meu peito. Era uma grande dor, tanto sofrimento eu consigo sentir ela esta a sofrer. Não me deixa respirar.
---- Mãe vc está bem? Pergunto me aproximando, preocupa com os suas lágrimas.
---- Vc precisa viver! Replicou dessa vez tão alto que meus ouvidos doem. E sou obrigada a parar quando a dor se torna mas forte a cada passo dou.
----Mãe para. Vc está a me assustar... digo me ajoelhando, sentindo as lagrimas brotarem fortemente nos meus olhos.
----VC PRECISA VIVER! dessa vez seu grito sai tão alto, que sinto que os meus ouvidos vão estourar e começara sangrar. E o barulho só aumenta a medida que ela se aproxima de mim. Estou ajoelhando com as mãos tapando os ouvidos e os olhos fechados mas ainda assim não impedia as lagrimas de cairem.
Até que o barulho finalmente cessa. E sou envolvida pelo silêncio total. Um silêncio aterrador, um presságio que diz que não deveria abrir os olhos. Algo em minha mente diz para eu não abrir os olhos.
----Abra os olhos... a voz que eu ouço, não é a voz da minha mãe. Era uma vez mas rouca, mas profunda e assustadora e sombria causando arrepio em todo o meu corpo.
---- Por favor não... choro ainda de olhos fechados. Sinto o cheiro de sangue, muito sangue. Eu já sei o que vem a seguir.---- Eu não quero ver por favor... supliquei sentindo o coração martelar no peito.
---- Abra os olhos... repetiu a voz dessa vez em um tom mas grave quase monstruso.--- Foi vc quem os matou. Covarde. Corvarde. Abre os olhos. Covarde... issistiu a voz gritando tão proximo do meu ouvido que sinto eles sangrarem.
E quando finalmente tomo coragem para abrir os olhos. Um grito soa tão agudo que tudo fica vermelho como se meus olhos estivessem borados e com cheiro de sangue.
--- Ahhhh... grito. Levantando da cama em um salto, ofegante e soando feito um porco.
---- d***a. Foi só mais um pesadelo... digo colocando a mão no peito ainda ofegante. Inspiro e expiro algumas vezes para tirar o susto do pesadelo.
Não é a primeira vez que os tenho. E as vezes todos eles parecem muito reais. Mas dessa vez esse foi o pior, nunca sei o que é aquela criatura e sempre que tento me lembrar dela parece um borrão em minha mente o que torna cheiro de sangue muito forte.
Vou ao banheiro, lavar o rosto para tirar o espanto do pesadelo, e resfriar o corpo, mas quando olho o meu reflexo no espelho reparo que estou a sangrar bastante. A camisa branca que uso como pijama está toda suja de sangue.
---- d***a. Parece que dessa vez perdi uns bons litros de sangue... conclui enquanto limpava o nariz com um guardanapo, e ao mesmo tempo procuro a frasco de remédios dentro da bolsa de primeiros socorros. Eu tenho sempre uma pasta de primeiros socorros por perto. Nunca se sabe quando é que vamos ter um pesadelo que nos faz despejar litros de sangue pelas narinas. O que no meu caso é sempre. Não sei como é que não fiquei anémica com a perda desse todo sangue. Só Deus para explicar poque isso acontece comigo e como é que ainda não morri.
Claro que fui para hospitais quando tudo começou faz 9 anos. Mas tudo que recebo como resposta é um " Stress pós trauma" e com a recomendação de varios comprimidos para o sono e estancamento de sangue. Nos primeiros dias a medicação funcionava eu não sonhava com nada porque apenas apagava e o sangramento tinha parado. Mas isso durou apenas algumas semanas, o comprimido para sono deixou de fazer efeito mesmo depois de tomar grandes quantidades. Então sem conseguir para os pesadelos apenas me acolhi ao comprido para parar o sangramento, que é muito eficaz depois de uma noite de tortura mental.
Quando finalmente encontro o frasco de remédios, o frasco estava vazio. d***a devo ter usado mas do que deiva.
--- preciso comprar mais... afirmo para mim mesma enquanto limpo o rosto com um pano humido e olho para o relógio.
10:20pm
---- Não é assim tão tarde. E aposto que a essa hora a farmácia da esquina deve estar aberta... afirmo comigo mesma enquanto troco de roupa para sair e comprar o remedio.
Enquanto andava pela Wall street, reparo no quão fria estava a noite. O que não era menos de se esperar de um dia com o seu limpo, com as estrelas no alto. E a lua iluminando todo o local. Mas apesar de estar cheia e linda em toda a sua plenitude, as luzes da cidade ainda conseguem ofuscar o seu brilho. O que é muito triste já que ela está tão bonita hoje.
Assim que curvo em uma rua aternativa, avisto logo a placa da farmácia brilhando com os seus piscas verdes. As luzes estavam apagadas, o que era estranho já que a placa de dizia Aberto ainda voltada para o lado de fora da porta de vidro, o que significava que eles ainda estavam abertos, mas as luzes estavam apagadas. Estranho.
---- Frank. Estas aí?... pergunto ao abrir a porta e entrar.
Frank è meu colega na falcudade, e sempre que preciso de algum remédio para as dores ou, preciso de dinheiro é Frank quem me ajuda.
--- Onde vc está Frank eu vim buscar os meus remédios... grito enquanto caminho pelas pratileiras de remédios me dirigindo a bancada dos atendentes.
Que estranho. A luz nunca falta neste lado da cidade será que à um problema na corrente? Não. Se ouvesse eles teriam fechado a farmácia. E alem disso que cheiro é esse? Penso enquanto caminho a passos lentos para o balcão sentindo o clima ao meu redor começa a ficar sombri.
Esse cheiro, é familiar demais, para conseguir identificar. Será ferrugem? Não não é parece algo metálico. Algo que eu estou bastante acostumada. Espera isso é...
Sangue.
Arregalo os olhos ao ver um rastro de sangue, no chão branco. O rastro ia até a parte de trás da bancada.
--- Frank onde vc está?. Vc está ferido?. Vc está bem?. Eu posso te ajudar?... grito com medo que ele esteja magoado, ou pior. Corro até a parte de trás do balcão.
E paraliso, com a imagem. Meu sangue gela. Que m***a aconteceu aqui?...
---- Meu Deus! Frank. O que aconteceu?... Ofego com a visão grotesca. Me ajuelho para o rapaz caído no chão com as roupas todas ensanguentadas e um buraco enorme no lado esquerdo da sua barriga. Dá para ver até o interior dela.
Que tipo de animal faria isso? Um lobo talvez? Não. Não pode essa mordida é demasiado grande para ser de um lobo.
-- Frank, Frank acorda por favor, acorda vc não pode morrer também... peço com as mãos tremulas tentando estancar o sangramento, enquanto meus olhos enchem de lagrimas embaçando a minha visão.
---- Socorro alguem me ajude. Tem um homem ferido aqui. Por favor alguem me ajude... grito enquanto o seguro nos meus braços levantando a sua cabeça. Vc não pode morrer Frank.--- Deus o que é que eu faço?... olho ao redor a procura de alguma coisa para o ajudar, afinal de contas estamos em uma farmácia, deve haver alguma coisa.
Meus olhos só param de procurar quando. Um barulho vindo das patrileiras chama a minha atenção.
---Quem está aí? Me ajude tem alguém ferido aqui... grito mas não obtenho resposta, alem disso outro objeto cai da prateleira e escuto alguem respirando pesadamente.
Droga. Um ladrão. Talvez seja ele quem fez isso com Frank.
Me levanto devagar para poder espreitar por cima do balcão, para ver quem era. Paraliso ao ver uma sombra no canto escuro da parede. Era alguem com certeza. Era a sombre de uma pessoa.
---- Fuja... me assusto ao ouvir a voz fraca de Frank no chão com um sobrassalto.
Me agacho novamente e colo um dedo na frente do seu nariz. Deus a respiração dele está fraca.
--- Frank. Não vá porfavor fique atéa ajuda chegar. Não morra agora... surro enquanto balanço os seus ombros para ver se ele abre os olhos. Mas já era tarde demais. Ele estava morto.
Droga. d***a. d***a. O que eu faço agora?
Penso enquanto me levanto mas um pouquinho para observar novamente a figura que estava no canto escuro da farmácia. E me surpreendo ao ver que a figura ainda estava lá me observando. m***a ele pode me m***r também.
--- Eu não tenho dinheiro. Você já têm o que queria vá embora... gritei mas a figura não reagiu. Cerrei os olhos para ver se conseguia identificar algum tipo de arma com ele. Mas nada apenas seus olhos. Olhos. Olhos. Que diabos, que olhos são esses? Ele tem uma cor amarela, e um fundo branco como se fosse um animal.
Continuei observando os grandes olhos, eles eram enormes, não é normal para um ser humano, que tipo de animal seria?. Só que não tenho tempo de pensar em uma resposta já que tomo um susto quando ele começa a se mover e a vir em grende velocidades em minha direção.
-‐- d***a! Grito me levantando em um salto e me viro para a porta das traseiras da farmácia.
Saiu na parte traseira da farmácia, e fecho a porta para o atrasar. O medo começa a tomar conta de mim e quando ouço a porta a ser forçada apartir de dentro, meu coração acelera dentro do peito e sinto meus ossos tremerem e o pânico toma conta de mim, e sem pensar duas vezez corro para o parque cheio de árvores que ficava atrás da farmácia na parte norte da cidade. Corro o mais rápido que posso como se minha vida dependesse disso. E Até porque depende.
Quando entro na parte cheias de árvores do parque me escondo entre as árvores, com o desejo de que aquela coisa não tenha me seguido ou não me veja entre as árvores.
E só quando paro é que me dou a oportunidade de respirar, estava ofegante, com o corpo cansado, e o coração batendo mas rápido dentro da caixa torácica. Minhas mãos estavam tremulas e o meu corpo não parava de vibrar e soar. As lagrimas que caiam no meus rosto misturavam-se com o suor que grudava os meus cabelos crespos. E só quando respiro fundo é que me permito pensar.
Que raio era aquilo? Nada no mundo tem olhos como aquilo. Será que ele me seguiu? Eu preciso de ajuda, maldita hora para ter esquecido o telefone em casa.
Me amaldiçoei mentalmente por ser tão esquecida. E ainda escondida entre as árvores me agaicho e olho por trás da árvore para ver se encontro alguém para me ajudar ou alguém para me salvar.
O parque estava vazio a essa hora da noite, não tinha ninguém, o que significa que eu não tenho ninguém para me ajudar e que talvez aquela coisa não me tenha seguido.
--- Cristin aparece gatinho... tomo um susto sentindo a minha alma sair do lugar ao ouvir a voz da Senhora Adeline, a velhinha que vive no apartamento de baixo da residência.
O que ela está fazendo aqui a essa hora da noite? Eu tenho que a tirar daqui tem um assassino por aqui.
Então corro na direção da sua voz, era ainda mas dentro da grande clareira de árvores o que significavaque podia ser vista pelo assassino entãoprecisava correr o mais rápido que podia para alcançar a senhora Adeline. A encontro de costas para mim com o seu vestido rosa cumprido cobrindo o seu corpo pequeno. Era a sua roupa de dormir e os seus cabelos grisalhos presos em um coque velho. Ela estava voltada de costas para mim e gritando para o nada.
---- Chhhh. Senhora Adeline a senhora precisa vir comigo tem um assassino andando por aqui.... peço enquanto me aproximo ainda mas dela e olho ao redor para ver se tinha alguma coisa suspeita.
---- Estou a procura do meu gato... esclama ainda voltada de costas para mim.---- Cristin não gosta de andar a essa hora da noite eu preciso encontrar - lá.
---- Por favor senhora vamos sair daqui e pedir ajuda tem alguem morto na farmácia e o assassino está atrás de mim...
---- Vc tem medo Aurea?... questiona agora com um tom de voz mais rouco quase que suas palavras não saiem na boca.
---- Senhora Adeline a senhora está bem? Questiono parando ao notar que suas mãos e pés estavam cheios de sangue.
--- Vc não devia ter medo Aurea. Eu posso acabar com o seu medo...
---- Senhora Adeli... Não tenho tempo de termianar já que ela se vira para mim, e revela seus olhos amarelos com fundos brancos igual a de um animal.
Meu sangue gela e arregalo os olhos e levo as mãos a boca para conter o grito quando percebo que era a criatura que me perseguia.
Meus paços para trás são lentos, mas firmes, o medo toma conta de todo o meu corpo me fazendo tremer e cair de joelhos no chão.
Será que ela também vai me m***r? Esse é finalmente o meu fim?
Fico tão perdida em pensamento que não reparo na movimentação estranha ao meu redor. Parecem pessoas correndo talvez duas ou mais.
Mas antes mesmo que eu pudesse processar o que estava acontecer, ela ja estava no céu com uma forma gigantesca de Coruja. Ela tinha se transformado em uma Coruja enorme, com suas penas negras em volta do seu corpo e das suas asas, um bico enorme e garras que mais parecem facas indo em minha direção pronta para me atacar como se eu fosse um rato pronto a ser morto e estrassalhado. Céus.
Me encolho no chão cobri a cabeça com as mãos e fechei os olhos com força como se essa fosse a única forma de proteger.
É só mais um pesadelo.
É só mais um pesadelo.
É só mais um pesadelo.
Repito para mim mesma
---- Ataquem!! Uma voz feminina grita atrás de mim. Mas eu não tenho coragem de abrir os olhos para ver o que estava a acontecer. Acho que nunca terei.
---- Hey vc saia daí ou vai morrer! A voz repete novamente mas dessa vez parece soar acima de mim.
E só quando um grito agudo soa é que tomo coragem para ver o que estava a acontecer. Então abro os olhos e paraliso com a sena que estava a acontecer ao meu redor.
Havia alguem correndo muito rápido lançando cordas para cima, em direção a criatura formando assim uma tea. Mas ao olhar para cima reparo em uma mulher cujo os cabelos roxos brilham a luz do luar, mas não foi isso que mais me chamou atenção nela não eram seus cabelos, mas sim as suas asas de morcego. d***a o que era aquilo um vampiro? O que estava a acontecer? O que eram aquelas criaturas.
A Coruja gigante percebendo que está em desvantagem lança um grito insurdecedor fazendo os meus ouvidos zumbirem. Consigo ouvir meu coração bater a um rítmo descompassado e a minha respiração irregular, o resto ao meu redor torna-se um som abafado.
A mulher no alto grita alguma coisa e um monte de morcegos aparecem para atrapalhar a coruja que resistia e insistia em se libertar nas correntes enquanto esforra golpes na mulher morcego com as suas garras. E após longos minutos de lutas e resistência eles conseguem imobilizar a criatura no chão a prendendo com as correntes. Um rapaz estremamente alto e musculoso é quem segura as correntes prendendo a criatura ao chão.
---- Sasha o soro. Rápido! Grita a mulher morcego para a jovem magra com um pele n***a que estava do outro lado do parque.
Ela se aproximou com tanta velocidade que tive que piscar várias vezes para entender se o que via era mesmo humano ou uma daquelas maquinas futurista que parecem pessoas verdadeiras.
Quando chega ao lado dos outros ela entrega um frasco, que é aplicado no pescoço da criatura monstruosa. E depois de alguns segundos ela se acalma e cai abatida no chão parecendo estar a dormir.
---- Vainy! Vc está bem? Está sangrando... perguntou a rapariga que vinha a alta velocidade para a mulher morcego.
---- Estou. é só um corte no braço. A desgraçada se aproveitou a da minha distração... range entre dentes enquanto preciona o braço onde havia o corte.
Que loucura, mulheres corujas, morcegos, pessoas que correm rápido demais para ser normal, homens altos e fortes o Frank morto na farmácia, os olhos assassinos daquela mulher que eu achava conhecer. Eu só posso estar louca. Ou talvez estou em uma daquelas gravações de filmes da marvel ou talvez de uma gravadora que está a fazer um filme de terror.
Porque. Que m***a se passou aqui? Anne só pode estar a me pregar uma partida. E gastou um grande dinheiro com efeitos especiais. Porque isso não pode ser verdade, isso não existe. Deus que raio se passou aqui?
---- Muito bem temos cinco minutos até o soro fazer efeito, então vamos tratar dos efeitos colaterais... A voz da mulher morcego me tira do meu devaneio. E quando meu olhar vai em sua direção percebo que ela se referia a mim como efeito colateral.
Droga eles vão me matar...
O pânico volta a tomar conta do meu corpo e com a voz tremula e os olhos já cheios de água imploro.
---- Por favor não me matem eu prometo não contar nada para ninguém. Eu prometo desaparecer do mapa. Só não me matem eu tenho uma irmã para quidar... o três se entre olham e dão um aceno de cabeça uns para os outros.
---- Desculpa boneca. Mas você viu algo que não devia. E alem disso você viu os nossos rosto... disse a mulher morcego caminhando em minha direção.
O medo começa a tomar conta de mim novamente, será que é assim que eu vou terminar. Morrer por ter visto algo que não devia. Se eu soubesse que iria terminar assim eu não teria saido de casa.
E antes mesmo que a mulher morcego chegue mas perto de mim. O rapaz que segurava as cordas caì e as cordas se soltando das suas mãos, e a criatura abre novamente os olhos e se agita se soltando das cordas e saindo em alto voo.
E antes que eles pudessem reparar saí em disparada apontando as garras para mim. Novamente como se eu fosse a presa.
---- Quidado! Grito me agaixando e combrindo a cabeça com as mãos. Porque sim esse era o único movimento de defesa que eu conseguia fazer.
E quando finalmente fecho os olhos um grito de agonia ressoa pelo local. O som era alto. E estava acompanhado com um grande tremor de terra me fazendo cair e ficar por alguns momentos inconsciente.
Quando finalmente me recupero e abro os olhos. Paraliso ao ver uma grande árvore bem no centro do local onde estavamos. Era uma árvore espinhosa enorme e bem no seu topo pontiagudo a criatura estava lá empalada. Atravessada no meio pelo topo da árvore, o sanguem que saia da criatura escorria nas folhas pintando as folhas de vermelho escuro, não parece um sangue normal.
Quando vejo os três jovens jogados para os lados e ainda inconscientes. Me levanto e aproveito me esgueirar e fugir daquele local.
Eu preciso sair daqui eles querem me m***r. Mas não é erado deixar as pessoas que me ajudaram com aquela mostruosidade. Não. Não eles disseram que iriam me m***r. Não merecem compaixão.
Então saio de fininho de perto deles e vou a correr para a estrada. Mas antes mesmo que eu pudesse pisar no asfalto fresco e vazio pela noite oiço alguem grita.
---- Camile! Não a deixes fugir. Ela é uma de nós... grita a mulher morcego.
E antes de eu me virar para ver o que eles mandaram atrás de mim. Alguem aparece do nada combrindo os meus ombros com suas mãos. E é nesse momento que sinto uma picada no ombro. Olho aterrorizada para o local da picada e noto que havia uma seguiraga naquele local.
Era d***a. Eles me drogaram. Olho para a mulher que se agarrava ao meu pescoço e vejo cabelos coloridos, um sorriso maroto, e o reflexo dos seus óculos. E sinto o meu corpo fraco e leve quando ouço.
--- Desculpa eu não posso deixar você fugir. Vamos levar você com agente... era uma voz leve e tranquila. Tão mas tão doce que sinto meu corpo leve tão leve que não percebo e apago.