Capítulo 2 - Ele

4452 Words
Acordei as três da manhã sem sono. Me levantei da cama e fui até meu closet. Peguei minha roupa surrada e meu avental de pintura. Escovei meus dentes e troquei de roupa. Desci as escadas e fui para a cozinha que tinha as luzes acesas. Era meu pai que estava lá, e ele chorava baixinho. Sei que devia sentir pena, mas não senti. Resolvi ir pela porta da frente até os fundos da casa. Abri devagar a porta, sai em direção ao estúdio de pintura de mamãe. Ela é somente uma casa de pedras cinzas, com uma fachada rústica. Sempre vinha aqui com mamãe para pintar algo juntas. Cíntia nunca gostou disso, porém nós fazia companhia. Entro na casa ligando as luzes. Pego uma tela grande e jogo tinta vermelha. O chão da casa é todo sujo de tinta então não me preocupo em o sujar, nem as paredes com respingos. Deixo a tela vermelha de lado e coloco outra no suporte. Faço o esboço do rosto de Carter em seguida começo há pintar. Seu cabelo castanho escuro tem uma mistura de tons fortes em minha tela, seus olhos vivos tem ainda mais brilho, seu sorriso sexy está bem marcado em sua pele pintada de cor bege. Fico no estúdio o resto da madrugada toda até ser sete da manhã. O quadro de Carter está pronto e tem minha assinatura em sua lateral. As cores que coloquei são em tons escuros, seu rosto está no Centro do quadro com lateraia pintadas de cinza e vermelho, seu rosto tem uma cor natural há não ser pelos traços abstratos que fiz em vermelho e azul céu. Pego meu celular e tiro diversas fotos, uma delas fica em seu contato de celular. Recebo uma mensagem e é de Carter, isso me faz sorrir. Carter: Bom dia Sam, espero que esteja melhor. :-) Sam: Acordei melhor e já tenho seu quadro. Bom dia. Sua resposta não demora nem um minuto completo. Carter: Me manda uma foto do quadro. Sam: Nana nina não. É uma surpresa, você só vai ver pessoalmente. Carter: Não seja malvada e me mostra. :-( Sam: Kkkk, pare de ser ansioso. Carter: Então que tal me entregar hoje? Sam: Tudo bem. Aonde e que horas? Carter: Meu apartamento, as 19 horas. O endereço é *********, apartamento 190. Sam: Tudo bem até mais tarde. Beijos. Carter: Até mais tarde. Beijos. Deixo o quadro de Carter secando e pego aquele que deixei secando. Faço meu rosto nele, só que um rosto com lágrimas e feridas expostas. Esse quadro simboliza todas as minhas dores. Meus cabelos estão pintados de preto e bagunçados com fios me enforcando. Meus olhos arregalados e com lágrimas manchando meu rosto; faço uma sombra masculina em meus olhos e essa sombra é meu pai; por fim um coração em pedaços perto de meu rosto, finaliza minha obra. Me senti bem em me expressar assim, mostrar minha dor em uma tela me deixou feliz. Deixo meu alto retrato no estúdio e pego o quadro de Carter. Minha irmã e seu namorado estão na sala, e quando me veem Cíntia vem até mim. - Estava pintando Sam? -ela pergunta calmamente - Sim. Isso é para um amigo. - digo dando de ombros. Ela olha o quadro, parece feliz com os detalhes da obra.- Você é muito boa nisso. - Obrigada. Vou tomar banho. - subo as escadas e entro em meu quarto. Deixo em meu closet espaçoso o presente de Carter. Pego um top com bojo, um suéter azul grande e uma calça de moletom azul marinho. Meu banho foi rápido. Assim que estava pronta desci para a cozinha. Fiz uma bandeja para mim, quando estava saindo pela porta da cozinha que dá acesso ao estúdio de pintura vi meu pai entrando em casa pela mesma. - Por quê fez aquilo? -dei um passo para trás e coloquei a bandeja na bancada. - O que eu fiz? -pergunto confusa. - O quadro. O que significa aquilo? -ele pergunta calmo, coisa que estranho. - É como me sinto. - digo em um sussurro. Minha irmã chega na cozinha e nós olha sem entender nada. - O que está acontecendo aqui? - Nada Cint. Eu vou ficar no estúdio. Hoje vou sair para entregar o presente do meu amigo, não se preocupe comigo. - Paul (Meu pai) ainda está em frente a porta, pego a bandeja com café da manhã e fico em frente há Paul que me dá licença. No estúdio fico olhando o quadro que acabei de fazer. Mostra dor demais para uma pessoa só, mas essa retratada na tela sou eu. Cheia de marcas internas, lágrimas pesadas e dor em meu olhar. Posso estar fazendo um drama, mas ser humilhada pelo pai e pela irmã, as únicas pessoas que me restaram próximas é h******l. Fico no estúdio até a hora do almoço. Como só estarão os empregados aqui, vou almoçar com a governanta que é minha amiga. Virginia, é a única pessoa que me ama e demonstra isso nessa casa, não sei quantas foram as vezes que ela me ofereceu seu colo e seus braços para me acolher . - Oi Virginia o que temos para o almoço? - ela me dá um sorriso muito lindo fazendo suas rugas de expressão se destacarem em seu rosto. - Strogonoff de carne, arroz, feijão, salada e batata palha. - pego um prato e começo há me servir. Eu e ela ficamos na cozinha comendo e conversando. Assim se passou parte da minha tarde. As cinco da tarde fui até o estúdio novamente. Peguei meu quadro e o levei para meu quarto, desci até a garagem para procurar a caixa de ferramentas de Adolfo, nosso faz tudo e marido de Virginia. - O que está procurando menina? - tomei um susto ao ouvir a voz de Adolfo. - Que susto Adolfo. - falo com a mão em meu peito. - Desculpa. - ele fala sorrindo. - Você poderia colocar dois pregos na parede do meu quarto? - Claro vamos lá. - subimos até meu quarto e eu mostro o tamanho do quadro e a parede que quero o quadro. O quadro vai ficar pendurado em cima da minha penteadeira. Aproveitei que ele já estava com o martelo na mão e pedi para colocar mais outros pregos para meus quadros. Quando Adolfo está colocando o último prego que pedi minha irmã entra em meu quarto. Ela olha para o quadro que fiz e fica triste. - Bem que papai me disse. Por quê quer colocar isso em seu quarto? - Eu que fiz. É como posso me expressar, minha presença atual de espírito é representada assim. - aponto para o quadro e ela suspira. - Obrigada Adolfo. - Quando precisar estarei aqui. - ele sorri para mim e sai do meu quarto. Vou para o meu closet, separo uma lingerie preta, uma regata lilas apertada, um moletom roxo mais escuro que a cor da regata, pego uma calça de moletom cinza. - Vai encontrar seu amigo assim? - Vou. - digo ríspida, não quero dar explicação para ela, ou corda para ela iniciar conselhos de moda. - Tudo bem. - Cíntia sai de meu quarto e eu vou tomar meu banho para depois ir até o apartamento de Carter. Passo hidratante em meu corpo e perfume. Coloco minha roupa e pego o quadro de Carter. Ele mora bem perto de mim são só três quadras da minha casa para o prédio dele. Pego dinheiro, chaves de casa e meu celular, coloco no bolso do moletom e depois entro em meu closet e pego o quadro de Carter. Vou até o estúdio e o encapo com um papel cor marrom. Quando estou pronta para sair minha irmã entra. - Assim não vai conquistar seu amigo. - reviro os olhos. - Não vou conquistar ninguém. E até mais tarde. - saio em direção a entrada do condomínio. Ando pela rua fria carregando esse quadro grande. As ruas estão movimentadas na cidade que nunca dorme. Passo por lojas ainda abertas, com suas vitrines chamativas que lhe convidam há comprar. Casais de namorados sentados em bancos, demonstrando seu carinho uns com os outros. Aí penso, se algum dia terei alguém que me olhe como eles se olham, ou me ame demonstrando esse amor. Mas ainda sou jovem e ainda tenho muito o que viver para pensar nisso. Chego em um prédio alto e muito luxuoso. Vou até a portaria. - Boa noite. - um senhor de aparentemente cinquenta anos me cumprimenta. - Boa noite, poderia me dizer em que andar fica o apartamento 190? - Qual seu nome? Tenho que lhe perguntar, pois precisa de uma senha para subir na cobertura. - Samira Black. - Senhorita Black, Senhor Dernis tinha me avisado de sua vinda, me acompanhe. - ele sai de trás do seu balcão e vai até o elevador. Aperta para chamar o mesmo e quando entramos digita quatro números em um painel. - Boa noite senhorita. - olho para o crachá em sua roupa e está escrito Levi. - Boa noite Levi. - ele sorri para mim e o elevador se fecha. Fico com a mão apoiada no quadro que agora está no chão. As portas do elevador se abrem e vejo uma porta no final de um corredor vou até lá com o quadro na mão. Aperto a companhia e Carter abre a porta para mim, fico hipnotizada ao ver seu abdômen nu. - E aí estou aprovado? - ele tem um sorriso malicioso em seus lábios. - Desculpe. - acho que estou mais vermelha que um pimentão. - Não tem problema eu sei que sou lindo. - reviro os olhos com sua fala . Ele me dá espaço para entrar com o quadro. - Deixe aqui na sala e vamos jantar. - coloco o quadro encostado na parede. Fomos em direção a cozinha moderna de seu apartamento. - Sente-se. - me sento em frente há uma bancada de mármore amarela. Carter pega dois pratos colocando na bancada. - Fiz macarronada espero que goste. - me sirvo um pouco e logo coloco na boca. O gosto é muito bom, me fazendo fechar os olhos e dar um gemido de satisfação. - Você tem que ensinar Virginia essa macarronada. - seu olhar está mais escuro que o normal. - Não vou poder ensinar. É receita de família. - Então vai fazer pra mim, sempre que for possível. - ele sorri. - Séria um prazer. - continuamos o jantar falando um pouco de nós. O jantar foi maravilhoso e agora vamos ver o que ele acha da minha tela. Ele se senta no sofá de couro preto e eu fico em sua frente com a tela em mãos. Tiro as duas fitas que mantinham o papel cobrindo o quadro. - Espero que goste. - tiro o papel e ele arregala os olhos. - E então o que achou? - Carter permanece calado e minha ansiedade está há mil. Será que ele não gostou? - Eu amei esse quadro. Já tenho um lugar pra ele. - ele pegou o quadro de minhas mãos. Foi até o outro lado da sala, próximo há entrada e pendurou o quadro. - Agora todos podem ver seu quadro. - estou admirando meu quadro, quando sinto sua mão grande em meu ombro. - Vamos nós sentar. - tiro minha sapatilha e sento em posição de índio de pernas entrelaçadas. - Sabe falar outra língua além do inglês? - pergunto para começar um assunto. - Somente francês, e você? - Italiano, Português do Brasil, espanhol e francês. - ele arregala os olhos. - Isso tudo. Que surpresa. - Minha mãe era filha de um brasileiro e uma italiana. Meu pai é filho de um francês e uma peruana. - digo dando de ombros. - Sabe abrir uma conversa em todas elas eu suponho. - Sim, mesmo não praticando. - Comment aimez-vous le temps? - ele me pergunta: o que está achando do tempo? Em francês. - Je pense que le temps est agréable. Ma science est différente de celle des autres individus à donner une telle réponse. - lhe digo: Senhor acho que o tempo está agradável. Minha ciência é diferente dá dos demais individuos para tal resposta. - ele arqueia a sobrancelha assim que respondo. - Vous dites cela parce que je pense que le temps le plus agréable froid? - sua pergunta está bem certa : Você diz isso por achar o tempo frio mais agradavel? - Oui. - Minha voz se modifica quando digo sim em francês parece mais um gemido. - Il semble être en gémissant! - ruboriso ao fim de sua afirmação : Parece que está gemendo! - Ho potuto lamentarsi nell'orecchio si Dernis. - Minha resposta atrevida em italiano me faz rir: Eu poderia gemer em seu ouvido senhor Dernis. - O que você disse? Traduz por favor. - ele volta há falar em inglês. - Non. - Não adianta falar não para mim. - Le tue labbra sul mio corpo sarebbe eccitante. Mio Dio, signore Dernis, non vedo come un freak. - coloco a mão em minha boca pois estou espantada comigo mesma por ter dito o que eu disse: Ter seus lábios em meu corpo seria excitante. O meu Deus, senhor Dernis, estou parecendo uma tarada. - Pare de falar em italiano. - ele fala impaciente, então resolvo mudar para o espanhol. - Todo bien. Me comunico ahora solo habla español. - ele me olha Bravo. : Tudo bem. Agora só me comunico falando espanhol. - Sem espanhol. Fale em minha língua menina sapeca. - Tudo bem. - volto a falar em inglês. - Agora sim. Agora sei que é muito boa nas línguas que sabe. Agora quero saber se é boa em outro tipo de língua. - ele está se aproximando do meu rosto. - Outro tipo de língua? - Sim. Há que está em sua bela boca. - E assim meus lábios são atacados pelos dele. Suas mãos afoitas tentavam tocar meu cabelo com leves puxões. Seus beijos estavam cada vez mais excitantes. Em um movimento rápido ele tira meu moletom e me deita no sofá. Não sei o que estou fazendo. Mas não quero parar, sinto que preciso dele, mas me lembro de minha virgindade e meu s**o intacto. - Carter, pare. - ele não me escuta ou se escuta não faz o que pedi. Seus lábios se afastam dos meus e ele beija o topo de meus s***s pequenos. Um chupão em meu seio direito me faz gemer, minha i********e pulsa precisando de atenção, meus s***s estão doloridos pois querem se ver livres do sutiã. Mas não posso me entregar há um desconhecido, talvez ele seja só um Dom Juan de primeira que quer me levar para sua cama. O corpo de Carter cobre o meu, mesmo que seus beijos em meu pescoço me distraiam saio da prisão de seus braços fortes. - O que foi? - ele pergunta com a voz mais rouca que o normal. - Eu não posso fazer isso. - pego meu moletom que está no chão e calço minhas sapatilhas. - Desculpe pensei que estivesse gostando. - Eu estava, mas não posso fazer isso agora. - ele me encara confuso e eu saio em direção a porta. - Espera Sam não sabia que é virgem. - ele é rápido em seu pensamento, me facilitando uma grande conversa. Abro a porta de seu apartamento e aperto o botão para chamar o elevador. - Você não tinha como saber. - ele segura em meus ombros. - Não vá. - ele suplica e não entendo sua ação. - Nós falamos amanhã. - beijo sua bochecha . - Até amanhã Sam. - ele me dá um selinho - Até amanhã Carter. - as portas do elevador se fecham. Me encosto na parede do elevador e fico pensando em como posso ser tola. Como um homem assim iria querer uma nerd como eu. Saio do prédio pensando em como estou começando a me interessar por Carter. Uma semana depois Que barulho irritante. É meu celular me avisando que mais um dia de aula voltou a ser minha rotina. Saio da cama desanimada. Meu ritual é: banho, escovar os dentes, escolher roupa e talvez mochila. Hoje vou usar uma regata azul e meu moletom dos Simpson. Uma calça jeans apertada preta, junto com meu all star azul escuro. Desço as escadas com minha mochila de listras pretas e brancas no ombro. Vou para a cozinha e vejo meu pai e minha irmã cochichando, eles param de falar assim que eu entro na cozinha. - Bom dia. - falo desanimada. - Bom dia Sam. - Minha irmã beija minha testa. - Sempre com essas roupas. - Meu pai fala com desgosto, ignoro o que ele diz e pego uma torrada e uma caixinha de suco na geladeira. - Sam senta pra comer. - Cint não quero atrapalhar a conversa de vocês. - ela me olha triste e eu vou para a escola. Meu colégio não fica muito longe daqui então vou a pé. A cada passo que dou penso em Carter. Será que ele gosta de mim? Não! Ele só deve estar procurando uma diversão, uma garota burra que cairá em suas garras. O melhor que tenho a fazer é parar de pensar nele. O melhor é parar de pensar nele. Chego em frente ao colégio que tanto odeio. Entro no corredor que dá em direção aos armários e vou até o meu. Vejo o grupo de baderneiros da minha sala. Felipe, Antoni, Marine e Beki fazem parte do grupo que me atormenta. Felipe vem até mim. - E aí quatro olhos. - seu sorriso bonito esconde o ser repugnante que ele é. Ele é bonito, mas também tem brincadeiras desagradáveis. - O que você quer? - fecho meu armário e começou a andar. - Só queria te cumprimentar esquisita. - ele ainda anda atrás de mim. Entro em minha sala que está vazia. - Sabe, se você se vestisse melhor acho que te pegava, faríamos uma dupla maravilhosa. - Mas que p***a é essa gente? Esse garoto é louco só pode. - Me deixe em paz por favor.- ele se aproxima de mim, mas sou salva pelo sinal que toca e a sala se enche aos poucos. Sento no meu lugar de sempre, na primeira cadeira ao lado da janela. Fico pensando em como estou confusa, essa última semana eu e Carter nós nos encontramos algumas vezes. Rolou alguns beijos e toques, nada mais que isso. Mas sinto que ele gosta de mim, da minha companhia ou pode ser coisa da minha cabeça. A primeira aula foi de matemática, mas não prestei muita atenção. Assim que a aula de francês começou bateram na porta. Uma menina alta, n***a de cabelos cacheados entrou em nossa sala. - Gente essa é a nova aluna, Viviane. Se apresente querida. - Viviane tinha um olhar confiante ao se dirigir para a sala. - Sou Viviane Trindade, tenho 18 anos e vim de Memphis. - nossa professora pediu que se sentasse ao meu lado. - Oi. - ela me cumprimentou. - Olá, sou Samira. - estendi e ela me deu um belo sorriso. - Gostei de você, adoro Simpsons. - ela fala entusiasmada. - Bom alunos hoje vamos começar uma conversação, abram a página 22 de suas apostilas. - Eu e a garota nova abrimos nossas apostilas. - Você é daqui de Nova York? -A menina nova me pergunta. - Sim, você é de Memphis? - Não, sou de Seattle, mas meus pais tinham muitos negócios lá então nós mudamos. - A professora tinha passado algo na lousa e nos chamou a atenção. - Já que gosta de conversar senhorita Black, inicie a tradução. - olho para a lousa, havia uma frase. "E os pequenos homens podem fazer grandes feitos, para a humanidade." - Não sabe a tradução? -a professora me pergunta com um sorriso i****a. - Pardon Mlle Antunes, ne divaguait dans cette phrase. Plus peut parler traduction. "Et les petits hommes peuvent faire de grandes choses pour l'humanité là-bas." - ela me olha um tanto espantada com minha locução e tradução: Perdão senhorita Antunes, só divaguei nessa frase. Mas posso falar sua tradução. "E os pequenos homens podem fazer grandes feitos para a humanidade." - Sa traduction est correcte. Félicitations. - sua resposta me faz sorrir : Sua tradução está correta. Parabéns - Merci. - : Obrigada. - Agora quero saber quem pode passar para o francês essa frase: " Em uma democracia política, todo cidadão tem voz "- ela havia passado essa frase uma vez e eu estava me segurando para não falar. Como ninguém respondia ela me perguntou a tradução. - Dans une démocratie politique, chaque citoyen a une voix. - quando terminei a frase o sinal bateu e era a hora do intervalo. - Posso ficar com você? -A menina nova me pergunta. - Claro. - seguimos para os armários e por coincidência o dela é ao lado do meu. Ficamos na arquibancada da quadra conversando. Até que o sinal bateu novamente e nossas aulas passaram rapidamente. O dia foi entediante, passei parte das aulas conversando com Viviane sobre assuntos variados. Nunca fui o tipo de pessoa que conversa muito, mas ela e Carter estão mudando esse meu lado tímido e retraído. - Então Sam você namora? - rio da pergunta. - Não. E você? - Eu tinha um namorado, mas me mudei e nos separamos.- Viviane mora no condomínio ao lado do meu então fomos para casa conversando. Assim que me despedi de Viviane fui para minha casa. Quando coloquei os pés em casa ouvi uma voz conhecida. Carter! - Oi maninha. - Cint me abraçou. - Por quê essa felicidade toda? -seu sorriso era radiante. Deixei minha mochila no sofá e virei para minha irmã radiante. - Estou grávida. - Nós nos abraçamos e começamos a pular. - Meu Deus, que notícia maravilhosa. Espero que venha uma menininha. - ela me abraça enquanto choramos de alegria. - Vamos vestir ela de lilás e Rosa. Você vai ensinar ela a pintar e eu balé. - rimos até que a voz de meu pai nos tira de nossa bolha. - Cíntia se acalme se não você explode de felicidade. - ele não olha para mim, só dirigiu a palavra para Cíntia. - Estou feliz e minha irmã também. - ela me olha com carinho. - Temos visita Samira vá tomar um banho que você está toda suada. - sua cara de nojo é impressionante. - Quem seria a visita? -pergunto já sabendo a resposta. - Meu chefe. - assim que meu pai fala, Carter aparece na entrada da sala. Meu coração bate mais forte por ver aquele homem lindo em seu terno preto sob medida. Cíntia belisca meu braço e meu pai me olha bravo. - Ai...quer dizer olá Senhor Dernis. - Carter tenta segurar o riso. Fico vermelha por ser pega secando Carter. Ele vem em minha direção e beija minha mão. - Olá senhorita Black. - ruborizo por causa de seu sorriso sedutor. - Sam eu estava dizendo ao Carter que você é boa com a pintura. - Cíntia fala me deixando nervosa. - Não sou tão boa assim. - digo tirando minha mão da de Carter. - Mostre a ele seus quadros. - Olho com raiva para Cíntia. - Acho que ele não se interessa por meus desenhos. - tento contornar o assunto. Paul está se segurando, posso ver por suas mãos em punhos. - Eu ficaria feliz em ver. - suspiro derrotada. - Me acompanhe. - digo indo em direção à cozinha. Todos me seguem, incluindo meu pai, passamos pela curta distância do jardim até o estúdio. Abro a porta que sempre fica encostada. - Já volto. - digo ao que entramos nos primeiro cômodo, me dirijo ao segundo quarto da pequena casa e pego seis quadros meus. Deixou-os no chão e monto três tripés. Posiciono os maiores no apoio do tripé e os outros menores no chão, encostados no final dos tripés de madeira clara. - Sam, onde está aquele seu auto retrato? - Cíntia está hoje me dando nos nervos. - Em meu quarto. - Pegue ele por favor. - saio do estúdio e entro em casa, subo as escadas correndo e pego meu quadro com cuidado. Não sei o que Cíntia está tentando fazer, mas essa demonstração toda me incomoda tanto. - Aqui está. - digo quando estou na porta do estúdio. Deixo o quadro encostado em meu peito e todos se viraram para olhar. Carter tem um olhar triste, porém logo se recompõe. - Por quê você pintou isso? -Carter pergunta. - Sou eu. Estava me retratando nessa pintura. - digo com a voz baixa. Deixo o quadro grande no chão próximo a porta. - O senhor gostou de algum quadro? - Carter volta a olhar para os quadros menores nos tripés. Vejo que um quadro Preto e branco, com o desenho de um homem e uma mulher sorrindo lhe agradou. Pego o pequeno quadro do chão e o estendo. - Foi esse que lhe agradou? - Sim. Ele é bem bonito. - Seu sorriso aquece meu coração. - Pode ficar com ele. - Seu espanto é evidente. - Não posso aceitar. - ele recusa e isso me incomoda um pouco. - Ele ficará em um quarto vazio, em suas mãos poderá ter um lar digno. - mesmo hesitante ele aceita. - Obrigado. - De nada. - minhas bochechas se aquecem ao sentir seu olhar sobre meu rosto. - Você deveria seguir carreira como pintora. - Carter diz e Cíntia concorda. - Minha arte triste não teria sucesso. Não é só da tristeza que minha arte poderia ser lançada. - Cíntia suspira com seus olhos verdes marejados. - Pare com seu drama Samira. - Meu pai diz com desdém. Engulo o choro e a dor que isso me causa. - Vou guardar esses quadros. - digo já fechando um dos tripés. - Precisa de ajuda? -Carter pergunta. - Obrigada, mas não precisa. - Pego meus quadros e deixo em meu quarto no estúdio. Volto para a sala do estúdio e encosto os tripés nas paredes coloridas do estúdio. - Com licença Senhor Dernis. Foi um prazer conhecê-lo. - Pego meu auto retrato e vou para meu quarto. Estou tão cansada de ver meu pai me tratando do mesmo jeito sempre, com nojo, desprezo, ódio e raiva, não fiz nada para ele, mas ele de certo modo me odeia. Depois de pendurar o quadro na parede, tomo um banho e coloco meu pijama de oncinha. O cansaço me domina e assim que me deito caiu em um sono profundo.
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